quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Borralheiras, marmelos e mais nuvens

As borralheiras sempre me fascinaram. Pelo monte de erva seca que vai finalmente baixar e limpar o terreno, pelo fogo controlado, mas especialmente, pelo cheiro. Cheiro de borralheira é cheiro de Outono. Esta vê-se das minhas traseiras. Mesmo um pouco longe, consegue ouvir-se o crepitar do fogo e o cheiro chega até cá.

Esta foi do meu dia de trabalho. Não lhe resisti.

Nem aos marmelos. Não sei o que aconteceu hoje, mas parecia que estava a ser perseguida por eles. Para onde quer que me virasse, lá estavam eles.

E as nuvens, sempre tão fofinhas. Apetece ir lá acima e dar um salto para cima delas e rebolar a rir. Faço isso em cima da minha cama com a carraçita, então... deve ser bem mais divertido em cima de nuvens fofinhas. Depois agarrar num daqueles tufos redondinhos e fazer cócegas na carita dele.


Não resisto. Era capaz de ficar horas a olhar para isto. Pena os fios e os postes da electricidade. Mas enfim, o meu caminho é feito de zonas rurais, mas a civilização também passa por lá.
Gosto muito de olhar as nuvens fofinhas. E hoje em especial, lembrei-me da verdade que elas carregam e que se pode transportar para a nossa vida. Não é nada de novo, mas não deixa de ser uma verdade.
Por maiores que elas sejam, por mais altas ou baixas que estejam, mais brancas ou mais cinzentas que sejam, a verdade é que, por cima delas, está sempre o sol que não pára de brilhar. Elas tapam a sua luz, por momentos deixamos de o ver, mas a verdade é que ele está lá. É só por um tempo, até que elas passem e mostrem de novo o seu esplendor...

4 comentários:

  1. Pois é, o problema é que as borralheiras são origem de tantos incêndios ...
    as nuvens são sempre lindas !

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  2. É verdade, mas por isso é que as borralheiras têm um período próprio em que podem ser feitas, para minimizar os riscos. No Outono, com o tempo húmido e com a supervisão dos donos dos terrenos, os riscos são quase inexistentes.
    Quantos às nuvens, sim, estou a ficar fanática!

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  3. Lembras-te da bolrralheira atrás da casa da eira? Agora já não se faz lá, mas nestes dias de outono sempre que chego à eira inspiro com força, à procura do cheiro, para viajar até à nossa infância.
    Bom, mas bom, o cheiro a lenha queimada em dias de Outono...

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  4. Saudades...
    E lembras-te de irmos no tractor, em pé, de cabelos ao vento, a gritar: mais depressa, mais depressa? E riamos tanto... Esta semana partilhei isto com o Bernardo, não me lembro a que propósito, e ele ficou a sorrir e a imaginar a cena.
    Um fim-se-semana feliz para todos!

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