segunda-feira, 30 de julho de 2018

Vamos parar um pouco?



Uma das coisas mais interessantes que li nos últimos dias, e tenho lido muitas!, tem a ver com o tempo que disponibilizamos para nós próprios. Isto é algo do mais importante que há. Para nos conhecermos, para nos mantermos no trilho certo, para sermos mais e melhores. E o tempo é a maior desculpa que damos para não fazermos aquilo que é de suma importância para nós! Sempre o tempo. Está na hora de parar com esta desculpa e começar a dedicar mais tempo a nós, para bem da nossa qualidade de vida, a nível emocional e a nível físico.
Então, o que li a esse respeito dizia mais ou menos o seguinte: dizer que não podemos parar para nos dedicarmos a nós, a ler, a meditar, a orar, a fazer o que nos dá prazer, a escutar o silêncio, a simplesmente estar, tudo isto por falta de tempo, porque temos demasiadas outras ocupações importantes que demandam a nossa urgência, é o mesmo que dizer que não podemos parar o carro para pôr gasolina durante uma longa viagem, porque estamos demasiado ocupados a conduzir.
Faz sentido? Para mim faz! Todo.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Bom dia!


Ao lado do queimado, brota a vida...





segunda-feira, 16 de julho de 2018

Somos mortais a viver como imortais...




Muitas vezes somos confrontados com a pergunta: o que farias se soubesses que estás a morrer?
A maioria daria como resposta imediata que aproveitaria melhor a vida, teria mais paciência, ponderaria sobre aquilo pelo que vale realmente a pena despender energia, daria mais abraços, estaria e seria mais presente, colocaria em prática algum sonho não realizado, etc.
Raramente a resposta seria que trabalharíamos mais para ganharmos mais dinheiro para comprarmos mais coisas...
Pois bem, a notícia é que estamos a morrer. Todos. E muitas vezes até sabemos isso. Mas raramente o vivemos. Ou seja, somos mortais, mas vivemos como se fossemos imortais. E perdemo-nos na vida, em vez de a encontrarmos e de nos encontrarmos. Que desperdício...
Nós, seres humanos, abençoados com tanta inteligência, e no fim vivemos à toa, sem propósito e massificados.
Pior do que estarmos a morrer fisicamente, pois na realidade todos partiremos um dia, só não sabemos quando nem como, é estarmos a morrer espiritualmente.
Isto é um facto, mas não tem necessariamente de ser um facto consumado. Cada um de nós pode ainda mudar o rumo da sua vida e viver no aqui e no agora com convicção, tranquilidade, harmonia e paz. Que assim seja.


segunda-feira, 9 de julho de 2018

Bom dia!




Consegues lembrar-te de quem eras, 
antes do mundo te dizer quem deverias de ser?

K.W.


segunda-feira, 2 de julho de 2018

E do velho se fez novo...




Ferros e ferrinhos aproveitados ao longo do tempo, mais um velho tabuleiro de um fogão já inexistente, deram lugar a uma mini churrasqueira na minha varanda.
Só não sou mais adepta do "guarda o que não presta, saberás o que te é preciso", porque isso significa acumular muuuuuita coisa ao longo do tempo e acumular é algo que detesto. Mas a verdade é que por vezes isso se pode revelar eficaz.
Do velho se fez novo e útil. Da mesma forma, se juntarmos os nossos pedaços de modo consciente e com propósito, podemos fazer um novo eu muito mais forte e belo.
Questões e mais questões se têm levantado na minha vida ultimamente. Devagarinho, mas ao mesmo tempo quase de repente, dou por mim a pôr muitas coisas eu causa. Eu diria quase tudo.
Portanto, o meu silêncio aqui no blog não significa silêncio na vida real. Pelo contrário, muito ruído se tem feito dentro de mim. Mas creio que em nome de um bem maior.
Uma das questões que tenho colocado, de entre muitas, é:
Para que trabalhas tu? Para que mantens mais do que um emprego ou sais do país para ganhar dinheiro? O trabalho que tens satisfaz-te? És feliz? Cresces como ser humano? Ajudas outros? Com toda a certeza, o dinheiro não é o motivo principal pelo qual trabalhas? Trabalhas para pagar as despesas? Porque elas são muitas e não terminam nunca? E quando pagas umas aparecem logo outras, porque a tua ambição nunca pára de querer alcançar mais? Trabalhas por amor à missão que sentes que tens de cumprir ou para pagar as despesas? Se é para pagar as despesas, o que te mantém nessa linha de conduta? Se és feliz, 'bora lá pra frente, permanece nesse caminho. Mas se vives frustrado, angustiado, exausto, porque o trabalho não te satisfaz, o chefe é demasiado exigente, os colegas são aquela mesquinharia que muitas vezes existe quando se trabalha em equipa, as horas que passas a trabalhar doem-te no corpo porque podias estar a fazer milhentas outras coisas mais úteis e interessantes... serão esses argumentos suficientes para te manterem num caminho que leva ao mesmo que o do cãozinho que corre atrás do próprio rabo? 
Atenção, não quero ofender ninguém que, com o seu empenho, acredita ser esse o caminho certo. O caminho do esforço, da luta, do suor, das lágrimas. Porque na nossa sociedade existe muito essa cultura: tudo o que vale a pena viver e ser conquistado, tem de o ser com muito esforço, porque se não o for, a pessoa é uma cretina que tem tudo de mão beijada. E às vezes a mão beijada é apenas a pessoa que faz o que gosta e por isso recebe os beijos da vida. Porque está de acordo com a sua essência. É, simplesmente. E quantos de nós não nos escondemos por detrás dos rótulos da sociedade e daquilo que ela exige de nós?! Quantos de nós não abdica daquilo que é, daquilo que realmente gostaria de realizar, apenas porque não tem força para sair do caminho e enfrentar a oposição?! A crítica, o apontar do dedo, o desdém, a incredulidade? Somos todos tão maiores do que aquilo que a maioria de nós faz ser... Falo por mim e para mim. E tenho pena que assim seja. Mas esta pena já é um sentimento de consciência da realidade que vivo e que não quero viver. E quando decido mudar de rumo, a vida alinha-se comigo e eu com ela para que o propósito seja cumprido. Creio nisto.
No mais, descansemos no facto que Deus nos ama e nos fortalece a cada passo que damos na direcção do Amor.
Caramba... no que uma simples churrasqueira feita a partir de ferros dispersos deu... :)