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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Pescaria II








Mais um feriado, mais uma tarde de pescaria. Dia bonito, temperatura agradável, mas tivemos de vir cedo, que agora faz-se noite mais depressa. Desta vez não pescámos nada, ou melhor, não trouxemos peixe nenhum, os poucos que foram pescados foram devolvidos ao rio.
Mas o bom humor dominou a tarde e o passeio à beira rio, por sobre pedregulhos escorregadios em busca de melhor local onde o peixe picasse, fez-nos descobrir águas cristalinas cheias de lagostins, sons maravilhosos de pássaros em liberdade e felizes, sol de fim de tarde que dourava toda a paisagem, patos que mergulhavam à nossa frente em busca de alimentos, fazendo-nos suster a respiração diante do imenso tempo que eles aguentavam debaixo de água. Lanchámos, conversámos, rimos, continuei a mantinha de Outono e no fim, ainda fomos para o lanche dos Santos, onde enfardei castanhas, tremoços, broas, vinho tinto caseiro, mousse de chocolate, entre outras coisas boas.
Adoro dias sem pressa, em que a tranquilidade dita a forma como recebemos a vida, em especial as suas partes menos boas. São dias assim que nos fazem acreditar que, independentemente das circunstâncias, é sempre possível acreditar que a felicidade e a possibilidade estão dentro de nós - sempre.


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A nossa pescaria

















Foi um feriado inesquecível, o da semana passada. A tarde estava serena, o local escolhido foi perfeito, a temperatura era impossível ser mais agradável. Fomos pescar. Há anos que adoraria fazer isto, mas nesse dia foi o dia. A cera antiga, a mantinha de crochet, o lanche saboroso e reconfortante, a máquina fotográfica, a mantinha de Outono em execução. Um homem com experiência em pescarias na juventude, um puto ansioso por ver como se fazia e eu, a sonhar com este momento. Quase perfeito. Um momento que perdurará nas nossas memórias como um momento a repetir e a engrandecer.
A pescaria não foi farta. Foram pescadas "folhas de oliveira", como lhe chamam por ali, dada a dimensão do peixe. Mas fez as delícias do nosso jantar, na cozinha rústica e acolhedora da cunhada.
Ninguém valorizou, pelo contrário, a pescaria foi bem depreciada. Mas nós engrandecemos o momento e tirámos dele todo o partido. O homem ficou satisfeito por ter relembrado os truques que tinha posto em prática há décadas, levando apenas material básico e obsoleto, o puto adorou a celebração de cada "folhinha" depositada dentro do balde e eu desfrutei de toda a calmaria e contentamento da tarde.
Não importam os resultados. Importa valorizarmos o esforço, o processo e a tentativa de nos superarmos a nós próprios. Vermos sempre o lado positivo das coisas, porque o há, e olharmos sobretudo para o que temos, não para o que perdemos. Isto é válido para uma simples pescaria, como para momentos menos felizes na vida. Sobretudo para esses! Porque é neles que temos de buscar a superação e o optimismo.