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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Criatividade e amizade







São tantas as coisas que podem funcionar como uma verdadeira terapia e que não custam muito dinheiro para nos fazerem o bem que fazem. 
Cito aqui apenas duas, e tenho a certeza que a maioria concordará comigo: criatividade e amizade.
Há algo de mágico em agarrar em pedaços velhos de qualquer coisa e fazer com eles algo novo. Este coração, por exemplo. Resgatado de uma camisa velha e de uns restos de fita, fio e renda, foi o primeiro que fiz. Cheio de imperfeições que a máquina fotográfica, graças a Deus!, esconde e que os olhos amigos de quem o recebeu também, mas que estão cheios da perfeição sincera do sentimento com que o fiz. É uma espécie de conluio secreto, fazer uma peça sem o conhecimento da pessoa a quem se destina. É fazer algo a pensar no outro, é entretecer o tempo com linha e agulha e dedicar o nosso coração ao empenho de uma realização em nome do suposto prazer que a outra pessoa irá sentir ao saber-se amada. Depois fazer o embrulho também com resgates feitos ao baú dos tesouros, escondidos por anos mas voltados à vida pela necessidade de ofertar. Um embrulho simples, mas com tudo de especial. Fazer e embrulhar manifestam o tempo que se dedicou à outra pessoa. Fazer e embrulhar manifestam os sorrisos que se desenharam no tempo de realização de um projecto tão simples, mas tão cheio de simbolismo.
E depois coroar toda esta situação com uma bebida quente numa tarde fria de sol tímido, numa esplanada com uma amiga. Quase três anos de ausência, apenas intercalados com uns "olás" aqui e acolá, deram horas de conversa ao sabor de um cappuccino retemperador, que aqueceu o corpo e a alma. O cheiro dela, o sorriso delicado, os olhos humildes, o corpo pequeno, o coração enorme, as experiências diversas entre uma terra e outra mas mantendo sempre o elo comum que nunca se dispersa, fazem dessa pessoa uma pessoa única e especial.
Não há melhor do que criar algo com as nossas mãos, já aqui o disse várias vezes. E também pouco há de melhor que uma bela conversa com uma amiga. 
Bênçãos de Deus que nos enchem a vida e preparam o coração para tudo o que está por vir.


sábado, 10 de outubro de 2015

Dar e receber






Não sei o que mais me deixou feliz: se bordar a prenda, se fazer o embrulho, se ver a cara da pessoa ao recebê-lo.
Numa decisão tão simples, um conjunto de gestos igualmente simples podem formar momentos tão gloriosos:
- bordar trouxe consigo a portabilidade deste trabalho e com isso, enquanto cruzava a agulha com o pano, fui conversando com alguém que sofria de solidão, ou fui gozando da minha própria solidão a ouvir os passarinhos num cenário natural, ou fui acalentando sentimentos preciosos ao ver a evolução do trabalho;
- realizar o embrulho fez-me sentir criativa e sustentável porque, não tendo habitualmente papel de embrulho em casa, decidi fazer um que fosse original e económico, utilizando materiais disponíveis, não sem um pouco de preocupação pela reacção da pessoa, a quem eu tenho por "convencional";
- oferecer, trouxe consigo o prazer de dar, da expectativa, da surpresa e, melhor que tudo, da reacção. O tempo despendido a observar o embrulho foi maior que o empregue a abri-lo e a ver o conteúdo. Foi aberto cuidadosamente e foi tão bem guardado como o foi o pano.
Certamente já terá ido para o lixo, como material degradável que é. Mas com toda a certeza, estes sentimentos que não se vêem perdurarão por um longo tempo na memória e no coração de cada uma de nós!
Com o pouco se faz muito e com um coração sincero se abrem muitas portas.
Bom fim de semana a todos!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Inacreditável!

Tenho de admitir que, apesar de eu ser toda emocional, é um pouco difícil surpreender-me. Surpreender de ficar mesmo de boca aberta, de sentir o inesperado acontecer. E aconteceu comigo. A Zana, de uma forma tão simpática, lembrou-se de mim. E por causa disso, eu nunca a irei esquecer. Bom, a bem da verdade, não é só por causa desta atitude tão bonita, mas pelo que está associado a ela:

Compota de malagueta!! Acreditam nisto?! Como é que é possível associar malagueta a doce? É possível. Mas é bom? Bom, isso já depende do gosto de cada um. Se tirarmos o travo picante da malagueta, que é o que afinal a define, é bom... Eh eh. Só sei dizer que adorei a experiência. Depois de ela ter postado sobre isso no seu blog, nunca irei esquecer o momento de abrir o frasco, quase em câmara lenta, a adiar o grande momento. E buumm!! Senti-me um verdadeiro dragãozinho a cuspir fogo, mas foi deveras emocionante. E emocionante também é dar a provar a quem me visita. Ainda ninguém disse: "É bom!", mas também ainda não apresentei esta compota no seu melhor, ou seja, com queijo e/ou carne assada, como a Zana me sugeriu. E seguem-se novas experiências...
Obrigada, Zana, de coração! E aqui vai um bafinho de fumo para ti, com todo o carinho.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nas asas da borboleta

Chegou esta semana. Foi o carteiro que me entregou a embalagem em mãos, mas sei que ela veio a voar nas asas de uma borboleta. De terras alentejanas até Tomar. Obrigada, prima, mais uma vez.

Um saquinho cheio de trigo para a minha carraçinha aquecer os pézinhos no Inverno. Não é lindo? Já conhecia de ouvir falar, agora também temos um cá em casa!

As pegas também são lindas, só tenho de arranjar coragem para as usar! Quase que dói, só de pensar que as posso sujar ou estragar. Mas é o preço que tenho de pagar para usar uma coisa bonita e útil.

E o raminho de alfazema atado com uma fitinha verde. Tanto trabalhinho e dedicação que a minha prima teve, e o que atraiu imediatamente a atenção da minha carraçinha foi este raminho. "Oh mãe, eu queria viver nesse país, onde existem estas flores..." Pois, eu já lhe expliquei que neste país existe alfazema! Mas era quase inevitável. O meu filho, desde que conheceu a prima no ano passado, que a liga a alfazema. Eu entendo. Apesar de não ser muito fácil explicar por palavras, o coração entende porque é fácil ligá-la a alfazema.
E tudo rematado com um bilhete. Escrito à mão. Após tanto tempo, vejo que continua com a sua letra desenhada. Sempre foi uma artista de mão cheia, esta minha prima, e de alma também.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pura alegria

Nunca pensei que um simples elogio a uma pázinha de doce pudesse fazer isto. Momentos de pura excitação e gozo antecipado. A foto de cima foi tirada mesmo assim, sem ter aberto primeiro, a sentir aquele formigueiro da ansiedade e do carinho demonstrado para comigo.




Fiquei tão emocionada com tantos mimos. Não só veio a pázinha, como uma colher para mexer o sumo da minha riqueza (e acreditem, até a água ele vai querer mexer a todas as refeições!), um coração e um paninho bordados, ambos feitos pela Norma, uma pessoa ultra carinhosa que conheci por aqui. E ainda um bilhete cheio de amor e humildade. Não há melhor. A sério que não tenho palavras. E para quê? Eu creio que muitas vezes elas são desnecessárias quando se fala a mesma linguagem do coração. Obrigada por tanto carinho, Norminha.