quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Feliz Ano Novo!



Amanhã é a primeira página em branco de um livro de 365 páginas (ups, 366!). Vamos escrever um bom!


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Bom dia!







Antes que a tarde amanheça
e a noite vire dia
põe poesia no café
e café na poesia

Paulo Leminski



sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

É o Natal no coração que põe o Natal no ambiente - W. T. Ellis
















Um pouco por todo o país as famílias regressam a casa. Alguns para retomarem o trabalho amanhã, outros para prolongarem o descanso de um fim de semana maior.
Um pouco por todo o país o Natal já passou. O que deixa uma certa tristeza... A euforia já passou, o pouco de meditação sobre a quadra que se possa ter sentido tende agora a dar lugar à passagem de ano, que de espiritual parece ter muito pouco.
O nosso Natal também já passou. Abertos os presentes, reunida a família, praticados os melhores actos que se puderam praticar, o que me ficou deste Natal foi o meu gradual envolvimento com a quadra, as decorações que fizemos pela casa, a festa de Natal na escolinha, o espreitar da janela para outras janelas, a luz ténue dentro de casa anunciando sossego e aconchego e o tempo cinzento, muito cinzento. Apenas hoje o sol deu um pouquinho o ar da sua graça, talvez para mostrar o seu contentamento pela celebração do nascimento do Salvador. 
Salvador... Também me entristece um pouco que se celebre o Natal com tanta euforia, com tantos rituais, com tanta antecipação e praticamente nada se fale do que verdadeiramente lhe dá o significado. Ecos da sociedade em que vivemos. Resta-nos continuar firmes nos valores em que acreditamos.
Agora que, um pouco por todo o país, o Natal está já a cair no esquecimento para dar lugar ao próximo acontecimento, o meu desejo sincero é que todos tenham conhecido o sentido do Natal, que tenham celebrado o nascimento do Menino e que tenham abraçado esse Presente. E que O Presente possa crescer no coração de cada um com o passar dos dias e que Ele possa ser desembrulhado em forma de amor e paz. Porque tudo o que não passe por aí, é pouco... ou nada.
Feliz Natal!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Inverno


inverno

é como um toque de recolher: os dias vão embora mais cedo, encolhidos de frio, e a vida lá fora fica mais quieta pedindo pra gente escutar as palavras de dentro.


sábado, 19 de dezembro de 2015

O Outono está quase a acabar...





Hoje o dia faz-se de céu azul intercalado com nuvens carregadas anunciando a sua vontade de aliviarem o peso. Não sei... olho lá para fora e parece que sim, mas também parece que não... por isso não consigo prever se vai chover...
O Inverno está quase a chegar. É já segunda feira. A partir desse dia e de uma forma muito gradual, os dias vão começar a alongar-se e vai recomeçar a ladaínha "em Janeiro uma hora por inteiro".
Não sei se estou preparada para o alongar dos dias. Bom, claro que estou preparada, afinal dias maiores significam um novo começo e todos gostamos de novos começos, de ciclos que se repetem na sua oportunidade de os fazermos melhores e diferentes. Não sei é se estou preparada para abrir mão deste recolhimento a que me submeti, deste conforto de olhar para dentro e descobrir paz e prazer, deste redescobrir de possibilidades a pôr em prática e que enchem o meu coração... Mas sim, penso que sim. Que estou preparada, pois começar um novo ciclo significa também acordar do sonho para passar a persegui-lo até o alcançar. Novas cores vêm aí, novas artes, novos materiais, novas acções, novos corações, novas oportunidades. 
É disso que é feito cada ano, cada ciclo, cada dia, cada momento que nos permitimos sair do nosso invólucro e mostrar as nossas cores.
Que o fim de semana seja repleto de amor e calor para todos!


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Caminha


















Caminha como se estivesses a beijar a Terra com os teus pés
Thich Nhat Hanh


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Água abençoada










Há largas semanas que andava a pensar na chuva. Sentia-lhe a falta. Não é que estivesse ou esteja particularmente ansiosa pelos dias cinzentos que nos tiram o brilho, pelos dias molhados que nos impedem de usufruir das delícias lá fora, pelos dias frios que nos fazem arrepiar todos os cabelinhos, mas sinto falta da chuva. Muita. Porque também penso na terra. E na falta que ela deve sentir da chuva. Nas saudades que deve sentir de se saber lavada e saciada para poder florescer. Sim, sinto falta de cada gotinha de água. 
Os invernos hoje não são como os de antigamente, ouço muitas vezes. Antigamente chovia copiosamente durante três meses seguidos. Hoje, somos abençoados com muitos dias de sol durante o Inverno. E deliciamo-nos com isso. Mas... e a terra? Também se deliciará? Ou ressentir-se-à da falta que lhe faz sentir-se mimada? 
Não sei... Penso na chuva... Em como não gostamos dela, mas em como ela nos faz tanta falta! Para tornar a paisagem mais verde e colorida no seu tempo próprio, para dissipar os tons castanhos monótonos do Verão, que nos secam a boca e a pele só de pensar e para nos dar a água que sacia a sede. 
Olho para a terra e penso na chuva. Não consigo evitar. E anseio por ela. Anseio por contar os dias em que ela cairá neste resto de ano e no próximo que está a chegar. A água é fonte de vida e não há água como a que cai do céu.
Bom, mas pelo menos por ontem e por hoje, os meus olhos e a minha alma já se regalaram com a vista da minha janela, húmida, cinzenta e baça; com o ar lavado e as gotículas que se penduram pelos estendais; com a sensação de agradecimento que a terra deve de estar a elevar ao céu. 
Que venha ela, a chuva, no seu tempo e medida certos.


sábado, 12 de dezembro de 2015

Neste fim-de-semana desejo... aconchego para todos!





O que eu mais gosto na minha casa é com quem eu a partilho


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Gosto porque gosto








Gosto destas manhãs de neblina.
Gosto do frio da manhã e da tarde.
Gosto do trabalho de Inverno feito sem pressas no meio dos cheiros húmidos.
Gosto das noites à lareira.
Gosto das mantinhas coloridas que aquecem as nossas pernas.
Gosto da luz da manhã, que nos permite ver as coisas de sempre com outros olhos.
Gosto dos dias curtos, das noites que chegam mais cedo e nos levam a abrandar e a dedicar a projectos adiados no Verão.
Gosto deste recolhimento caseiro e da sensação de habitar um lar que me permite sentir paz e sonhar.
Gosto da profusão de ninhos que se encontram ao preparar a lenha para o Inverno, lembrando-nos que o renascer da Primavera vem todos os anos.
Gosto do musgo verde e fofo que cobre a terra.
Gosto dos cogumelos espalhados pelo campo.
Gosto do pisco, que saltita pelos ramos nus das árvores, colorindo o tom quase monocromático da estação.
Gosto da geada da manhã que tomba as ervas com o seu peso.
Dou graças por este pouco que é tanto.
Dou graças a Deus por este tudo.