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sábado, 20 de outubro de 2012

Bom fim-de-semana


Plante seu jardim e decore sua alma
Ao invés de esperar que alguém lhe traga flores

Mário Quintana

'Bora lá!
Eu

sábado, 13 de outubro de 2012

Bom fim-de-semana


 A única realidade que pode marcar a diferença em qualquer ponto da nossa vida, é o facto de termos a certeza que existe quem goste de nós.


Que cada um possa encontrar abrigo em alguém neste fim-de-semana.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Anseios

Do mais íntimo de mim brota uma inquietação que não me deixa, como um zumbido de um enxame sempre constante, como asas a bater a um ritmo alucinante e sem descanso.


Em cada fase dramática da minha vida, quando parece que me sinto presa, quando parece que ao meu redor tudo é uma prisão, tudo o que tenho de forte dentro de mim abre alas em direcção a um novo caminho e a cabeça não pára até encontrar uma solução, a solução que esteve sempre escondida no coração, talvez só à espera do momento certo de vir à tona. São os sonhos adormecidos a tomar forma.


Eu bato à porta... Encosto o ouvido, atenta a alguma voz... Nada, por enquanto...


Espreito lá para dentro... Mas nada também...


Nem uma luz se acende para me indicar a direcção certa.


Tudo o que sei é que tenho este sonho bem cravado em mim, a arder na pele e na alma. E ainda que ele não se realize para já, todo o desejo, todo o anseio, toda a expectativa, toda a espera, todo o caminho já me ensinaram muita coisa.


Caminho já calcorreado por outros, histórias vividas que perduram através dos tempos, vidas entregues ao que de mais precioso se pode encontrar e a que as pessoas chamam paraíso. Já valeu a pena este pequeno percurso, que me tem feito perceber que...


...não vou desistir até a minha vida encontrar uma nova cor...



... e um novo ninho, onde finalmente o meu íntimo encontre descanso para esta inquietação e onde o zumbido incessante das incansáveis abelhas dê lugar ao doce saborear do mel. E ainda que bata à porta e por enquanto ela permaneça fechada, e espreite pela janela e tudo permaneça escuro lá dentro, sei que no dia próprio tudo se abrirá. E vivam os sonhos!

sábado, 3 de março de 2012

Sonho antigo

Não é novidade pra ninguém que eu tenho uma grande atracção por casas antigas e abandonadas. Basta ir ali ao lado às etiquetas e clicar em casas em ruínas e ver que, desde o início deste blog, registo muitas das casas pelas quais passo. É uma atracção que me acompanha há uma boa parte da minha vida e desde cedo que a atracção se transformou em sonho.

Os muros têm-se erguido. Contudo, parecem agora menos intransponíveis.

As portas têm-se fechado. Contudo, a chave que abre o cadeado grosso está mesmo ali ao lado.

Pronta a dar nome ao sonho.

E a dar-lhe forma.


É só empurrar a maçaneta e entrar. Porque até que a porta se volte a fechar, se é que se vai fechar desta vez, este sonho vai ter continuação...

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Descobertas

Foi com o meu pai que peguei o bichinho das descobertas. Ele levava-nos aos sítios e connosco descobria os locais a explorar. Vimos sítios interessantíssimos, ruínas de ofícios já esquecidos e lugares de belezas sem igual.

Tenho tantas saudades deste lado do meu pai... E do seu humor apurado. E de outras coisas que não tive oportunidade de conhecer... Mas não é disso que quero falar aqui hoje.

Quero falar do prazer de continuar a fazer descobertas. E de, numa curva da estrada por onde ainda não tinha passado, descobrir este solar. Fiquei boquiaberta. Em ruínas, mas ainda majestoso.

Imponente na sua essência, subimos a escadaria meio coberta pelas silvas, admirámos a paisagem, a fachada, o sol da tarde a iluminá-la e entrámos.

O soalho de tábuas corridas estava já roto em alguns sítios. Os tectos eram trabalhados, mas a minha máquina resolveu amuar e não consegui tirar fotos do interior com qualidade.

Não percorremos todo o interior. A minha audácia já não é o que era, e o medo de despencar por ali abaixo até ao piso térreo, o medo de ser descoberta por estar a invadir um local privado, os arrepios causados pelas divisões frias e escuras, fizeram-me ficar por ali e ficar apenas com um vislumbre do que terá sido aquele casarão e do que ainda é. E das suas potencialidades.

Não pude deixar de lamentar a degradação a que estava votado todo este património. E ali, no cima da escadaria, a ver a paisagem e o sol a pôr-se ao som dos passarinhos que cantavam melodias lindas e livres, pus-me a imaginar como seria aquela casa reconstruída, com gente a entrar e a sair, a usufruir de todo o seu esplendor e de toda a sua potencialidade. Voltei com o vazio da impotência de não poder fazer nada por aquele local, mas voltei com a esperança de que haja alguém com visão e poder para o devolver à vida que merece.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Inspiradora

A vida só faz sentido com pessoas.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Minhas casinhas velhinhas




Passo por elas tantas vezes durante o trabalho. Chamam sempre a minha atenção e têm sempre o seu encanto, faça chuva ou faça sol.
Como já é aqui sabido, tenho um fraquinho por casas velhas. Não sei bem porquê mas, ao pensar nisso, ocorre-me sempre uma comparação com aquilo que eu sinto pelas pessoas.
Sou uma pessoa um pouco fechada, não sou do tipo que conhece um grupo de pessoas e fica logo amiga de toda a gente. Mas, no meu coração, não rejeito ninguém. Gente pobre, com aspecto pouco popular, metidas a um canto ou com elas próprias, apontadas pelos outros por este ou aquele feito ou este ou aquele defeito, são aquelas de quem me aproximo mais facilmente. É assim desde a escola primária até à universidade. Até hoje.
A rejeição dói e desconstrói. Ser julgado sem se conhecer o coração, dói e desconstrói.
A prioridade é conhecer o coração, o que exige treinar a visão naquilo que não se vê. E já tive tão boas surpresas. Cada pessoa é um mundo a descobrir. O corpo, a roupa, até muitas palavras, são só fachada. Quando se abre a porta e se permite entrar, poderemos encontrar um interior por pintar, rebocar, reconstruir, pôr portas e janelas. Se houver possibilidade de pormos mãos à obra, ficamos sujos nesse processo, mas vamos limpando esse interior e deixá-lo a respirar melhor e a ficar mais belo. Muitas vezes, só o entrarmos já muda todo o cenário. Quanto a nós, depois é só tomar um banho e ficamos todos como novos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Capela

Ao longe, parece uma simples casa em ruínas. Ao perto, assume um ar mais religioso. E o nome da rua não deixa dúvidas: Rua da Capela. O único edifício desta rua. Não sei há quanto tempo aqui está, mas esta foi uma capela. E tão bonita.
Tirei estas fotos a semana passada, naquele dia frio em que a água deitava fumo. No caminho de volta, rumo a Ourém, numa curva, olhava sempre para estas ruínas. Naquele dia, resolvi ir ver mais de perto. Não resisti.
E que bem me senti. Estava frio, mas o meu casaco deixava-me confortável. Só apetecia rodopiar de braços abertos e gritar yupiiii!!!!!






sábado, 9 de outubro de 2010

Chuva e amarelo

Ontem foi assim, no meu trabalho. Até doeu. Cheguei a casa em mau estado. Poucos foram os bocados em que não choveu e o guarda-chuva de pouco me valeu em algumas situações, tal era o vento. Papeis molhados, pés molhados, tudo pingava.
Talvez seja por isso que, quem me ouve, me chame maluca. É que eu gosto de chuva! Repito: gosto de chuva. E frio, e vento, e trovoada, e casacos e só tenho pena que cá não neve. Gosto do Inverno, do tempo do aconchego à lareira a ver o lume crepitar. Não fico deprimida, talvez apenas um pouco nostálgica ou melancólica, mas deprimida, nunca! A chuva é revigorante. E ainda que limite os nossos passos no exterior, dentro de portas há milhentas coisas que se podem fazer e inventar.

Mais uma das minhas casinhas...

Das poucas vezes em que as nuvens carregadas não cobriram o Castelo de Ourém, ontem.


E foi assim até ao fim do dia. Cinzento e verde.

Mas hoje... amarelo! Enchemos a casa de amarelo! O sol brilhou e fomos novamente comprar flores. Foram estas que me luziram o olho.

A carraçinha quis também flores no quarto dele. Ia pôr este pequenino arranjo no meu, confesso, mas ele reservou para si este direito e eu não lhe resisti.



Desejo a todos um fim-de-semana luminoso.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Hoje

O meu dia, tal e qual ele foi. Por fora, a trabalhar; por dentro, assim: