quinta-feira, 29 de maio de 2014

Aproveitar o sol


Para "arrumar a casa"...


Para observar a natureza que nos brinda a cada dia com novas flores, novas formas, novas cores e novos cheiros...


Para rir com as palhaçadas da carracita que tá cada vez mais reguila e crescido...


Para observar a horta...


e perceber que o verde continua a ser uma das cores mais bonitas, sem qualquer tendência clubística!!


e dar graças porque a terra recompensa com beleza, força e fruto...


Para pôr as mantas da avó e as almofadas a assoalhar e ficar deliciada diante de tanta cor e amor...


Para pintar os pneus velhos que agora albergam flores que virão, no seu devido tempo, a dar flores bem coloridas.
Tudo na vida tem o seu tempo. Saber esperar, com confiança, produz frutos e frutos que crescem para produzir mais frutos. E a obra assim vai prosperando.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Qualquer coisa que seja boa para a alma, fá-lo


Uma boa semana para todos!

sábado, 17 de maio de 2014

Projecto galinhas


E o nosso galinheiro já está em construção! Haja material e mão de obra! Mas como podem ver, no que à mão de obra diz respeito, estamos desenrascados! Bom, a bem da verdade, não se deixem enganar, isto foi só para a fotografia... grunf.


Mas que está a ser bem giro (e trabalhoso!) está. Esta estrutura irá ser o nosso futuro galinheiro e arrecadação. Conclusão, a mim parece-me que as nossas galinhas vão ficar num condomínio de luxo, pelo menos em termos de área, que irá ser maior que a caravana! Grunf outra vez.


Vale-me o meu padeiro agricultor, que também foi buscar uma costela de construtor. E assim, as nossas galinhas irão deixar o estatuto de sonho para passarem a ser uma realidade. Meu Deus, como tudo isto é excitante e belo. Apesar de todo o trabalho que é ir cortar eucaliptos à serra, carregá-los, descascá-los, tirar medidas, abrir buracos, cortar, tapar com cimentos, pregar, etc., tudo o que é feito com as nossas mãos e com o coração tem, sem dúvida, muito mais sabor. É esta vida simples que eu ambiciono. Simples, prática e económica. Porque de tudo o que levamos desta vida, o mais importante é o amor e a alma cheia.

domingo, 11 de maio de 2014

Água


Muito interessante pensar nas coisas da vida... Cresci com consciência ecológica. Lembro-me de fazer a separação do lixo na adolescência e de sensibilizar a minha mãe e os que me rodeavam para as questões da preservação do planeta. Considerações sobe a eficácia destas acções a nível global àparte, a verdade é que acredito que todos devemos fazer o nosso mehor no que ao ambiente que nos rodeia diz respeito. Porque vale a pena olhar para o lado e ver limpeza e saúde.


Desta vez, a minha consciência vai para a água. Quantas vezes ouvimos dizer que, nos nossos tempos modernos, muitas vezes não valorizamos o facto de ligarmos o interruptor da luz ou abrirmos a torneira da água. Ora aqui está uma questão que eu muitas vezes valorizo, valorizo ao ser grata por este aspecto prático da vida moderna e ao tentar não desperdiçar água através de tantas dicas que nos são dadas para o fazer. Mas a verdade é que mesmo assim há diferenças entre ter consciência desta questão e viver situações na prática que nos levam a interiorizar este facto.


Deparamo-nos agora com aquilo que já prevíamos mal viesse o tempo seco: a falta de água. O ribeiro secou logo, a nossa fonte de água também secou, apesar das estratégias para a armazenar. A verdade é que as plantas precisam de água para sobreviverem e nós estamos encarregues de dar continuidade àquilo que começámos. Até onde nos for possível. Por enquanto, tentamos saber onde há fontes de água pública que nos permitam encher os nossos recipientes e regar a nossa horta e jardim. Então é ir à bica na serra, ou à fonte na aldeia, encher os baldes, depois com eles encher os canecos que vão dentro do carro e depois os bidons que nos armazenam a água.


E em todo este processo, é interessante perceber o quanto valorizamos a água de uma forma diferente agora, apesar de nunca termos sido desperdiçadores nas nossas casas. Agora, cada gota é preciosa e cada gota é agradecida, até a chuva que cai é boa porque significa menos dependência das idas à fonte. Os cuidados que temos, ao descarregar, para não entornarmos nada, avisa-nos da consciência que temos do não desperdício e do valor que aquele bem tem para nós e para a nossa sobrevivência. E obriga-nos a um outro ritmo, um ritmo mais compassado, sem pressa, porque este ir e vir da fonte e para a fonte tira-nos horas ao dia, horas que poderiam ser aproveitadas no café, no computador, no trabalho, em saídas com os amigos, etc. Claro que tudo é preciso, mas este trabalho dá-nos a consciência da inutilidade do stress para obter e fazer coisas que muitas vezes não são necessárias, e dá-nos a capacidade para viver cada minuto e perceber que cada momento da vida é para ser vivido e apreciado da melhor maneira. E a melhor maneira é uma maneira descansada, pacíficada e entregue a quem cuida de nós e sabe o que precisamos, porque afinal também aos passarinhos e aos lírios do campo não falta nada!

domingo, 4 de maio de 2014

Fim de semana feliz


Levantar para um dia cheio de sol e agradecer as petúnias na janela.


E apreciar o tom sedoso das suas cores, bem como o aroma perfumado que agora invade toda a varanda e chega até à sala. Cada detalhe da natureza é diferente do outro. Linda a natureza, não é?  


Claro, o acordar deste dia foi ainda mais especial diante da antecipação de uma tarde de sol e calor na caravana, com tempo para apreciar mais detalhes e todos eles encantadores. As nossas plantas, ainda que pequeninas, já começam a dar flores. Tudo tão simples mas tão grandioso, ao mesmo tempo.


Outro detalhe foi o baloiço vazio... É bonito, ali parado ao sol, a baloiçar ao ritmo do vento, mas é bem mais bonito quando utilizado em algazarra e alegria. Mas também são bons os momentos calmos, para nos darmos tempo para nos ouvirmos a nós próprios e ainda escutar com atenção o canto do cuco. E não, o canto não vinha de um relógio qualquer, vinha mesmo da serra, lá ao longe, numa árvore perdida no meio de tantas. O cuco cantou para nós uma boa parte da tarde.


Entrar em "casa" e perceber que ela tem estado sempre à nossa espera. Esta velha caravana, abandonada por tantos anos, recebe agora uma nova vida e novas vidas para lhe darem o melhor: cor, ar, mimos, amor, flores, cheiros, refeições e até um nome.


Mas como o tempo está bom e o campo convida mesmo é a viver o exterior, a respirar o ar puro e a piscar os olhos ao sol, a refeição já se faz cá fora. Claro, vamos esquecer a parte das varejeiras, das vespas e da restante panóplia de insectos, para não tirar a poesia ao momento... Grunf.


A meio da tarde, num intervalo de muita moleza do calor e da barriga cheia, tempo para apreciar a "vista" da sala/quarto. Não há vista como esta, a da nossa casa, para a nossa terra. Uma terra cheia de promessas e já a dar os seus frutos, sem dúvida. E caramba, como isto me faz lembrar que há pessoas e todo um conjunto de circunstâncias que têm como objectivo ajudarem-nos a cumprir o sonho das nossas vidas. Isto é lindo porque, se eu tenho um sonho e tu tens a capacidade para me ajudar a concretizá-lo, venho a descobrir que nos encontrámos porque tu também tens um sonho e só o podes concretizar se eu estiver contigo. Isto faz todo o sentido em alturas próprias da vida, alturas muito específicas, alturas em que conseguimos ter serenidade para discernir este propósito porque de resto, tudo o mais são dores e lágrimas...


E esquecendo as dores e as lágrimas, o fim de semana teve o seu culminar neste dia da mãe. Um dia em que fui abençoada com a presença do filho que me fez ser mãe e que me continua a fazer escolhê-lo a ele em primeiro lugar. Comemos um gelado, jogámos à bola e brincámos com um amiguinho.
Foi ou não foi um fim de semana feliz?

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Dicas para ocupar o tempo num dia de chuva


Fazer a placa para a Flor.


Mudar para o plano B e fazer arroz de salsichas em vez do tradicional grelhado que estava previsto.


Dar graças por este primeiro almoço na caravana que, mesmo num dia em que a chuva resolveu dar o ar da sua graça por diversas vezes, foi um almoço memorável.


Aproveitar os intervalos em que a chuva deu tréguas para pulverizar as ervas daninhas e esperar que daqui por duas semanas elas comecem a desaparecer e dar graças porque é bom aprender a fazer de tudo um pouco.


Fazer um baloiço para a pequenada  libertar energias.

Sim, estas podem não ser dicas para qualquer um realizar, mas são aquelas que pusemos em prática num dia que tinha tudo para ser um dia estragado por causa da chuva e que foi aproveitado da melhor maneira em todos os momentos, tendo nós chegado ao fim com um sorriso no rosto e a alma farta de satisfação.