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quarta-feira, 16 de março de 2016

Bom dia!





Não há atalhos para qualquer lugar onde valha a pena ir.

Beverly Sills


segunda-feira, 14 de março de 2016

A camélia da Cacilda








Trago para casa a camélia branca raiada de rosa que a D. Cacilda me ofereceu e deixo que a água no copo lhe devolva a força que o calor da tarde lhe tirou. Olho para ela e, além da gratidão que sinto por tão generoso gesto, sinto o brilho da esperança de poder vir a ser sua vizinha e desbravar um novo caminho começado por ela e pelo Sr. José, seu marido, a quem a vida trocou as voltas e deu um fim bem longe daquele que tinham imaginado e pelo qual lutaram. Talvez lhes reste acabar os dias com boa vizinhança...
Apesar de já ser noite, acordo mais tarde para o dia seguinte, que continua a ser feito de flores. Flores, abelhas, terra e o produto dela, com as nossas batatas, alhos franceses, couves, nabos, cenouras, que agora a variedade não é muita, mas o sabor, esse continua riquíssimo.
De serenidade tento fazer os meus dias. E que ela não me abandone, para que me mantenha firme nas promessas de Deus de cuidar de nós com todo o amor e carinho. Para que, apesar de todos os vizinhos que já conhecemos, não nos vacile a fé, não nos esmoreça a vontade, não nos abandone o sonho e fiquemos pela D. Cacilda e pelo Sr. José. E descansemos, tal e qual como os passarinhos que observo do meu terceiro andar, pousados sobre uma caixa de estore que, sob o sol intenso da manhã, cuidam da sua higiene a dois, assim como cuidam do ninho que estão a construir, porque ainda que o calendário continue a contar os dias um a um e registe que ainda nos encontramos no Inverno, o sol e as temperaturas amenas anunciam que é já o tempo dos passarinhos e das flores.


quarta-feira, 2 de março de 2016

Março marçagão, de manhã Inverno, de tarde Verão















E já chegámos a Março! Para onde foi o tempo? Para onde correu ele, que mal o vi passar? Ainda eu não perdi o formigueiro da excitação dos primeiros dias do ano, aqueles em que tudo é novidade a apresentar-se diante dos nossos olhos, e já estamos no terceiro mês do calendário.
Ok, que venha ele. Com os Invernos e os Verões que lhe são característicos. É que, com as mudanças climatéricas, já nem sabemos muito bem a quantas andamos e na agricultura então, é quase impossível fazer previsões de sementeiras. Ainda nos regulamos pelos tempos antigos, mas sinceramente, de que vale isso a 100%, se o clima nos está sempre a trocar as voltas? O clima e os javalis, mas essa é outra história... que me palpita não irá ter um fim muito feliz para os ditos... palpita-me...
Nos intervalos do tempo, vamos vivendo a vida. Planos, família, crescimento, de tudo nos vamos compondo, fazendo dos dias o melhor que temos, pois de belos momentos se constroem recordações sólidas para o futuro. Dos pequenos que um dia serão grandes e dos grandes, que um dia serão velhos. 
A vida gira, roda, circula, ciranda. E é nesse entermeio que o tempo se perde sem o vermos, sem darmos conta. Que ele seja vivido da melhor maneira.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

A tosquia










Foi no mês passado. Vi tudo como se tivesse sido a primeira vez com o olhar atento, o olfacto apurado e o coração aberto. Eram dois, os senhores. Bem castiços. O tosquiador, de fones nos ouvidos para se proteger do ruído da máquina, trabalhava incansavelmente, manuseando o instrumento com uma mestria precisa e lidava com as ovelhas de uma maneira firme mas mansa, que as aquietava. Um deleite, para uma novata nestas lides. O outro, conversador como só ele, penso que devido a um tinto mais carregado ao almoço, falava daquela vida como se fosse uma arte, mas percebia-se que falava mais do que trabalhava. Eu escutava, sorridente, mas filtrava a conversa, esperando ansiosa que o outro senhor terminasse a tarefa de tosquiar as 5 ovelhas para lhe fazer as minhas perguntas. Percebi que ele não estava à espera de tanto interesse naquela actividade, desacostumado que está a ele e acostumado que está a fazer o serviço quase de forma instintiva diante de pessoas ávidas de que ele o acabe para prosseguirem as suas tarefas. O plano é livrar as ovelhas do desconforto da lã e do calor e receber o xelim em troca dela. Se antigamente era o tosquiador que pagava pela tosquia, agradecido por ter lã para ir vender a quem a comprasse para a transformar, hoje em dia tem de se lhe pagar porque é tarefa que não compensa em termos monetários. Disse-nos ele que aquela lã vai toda directamente para a China, em contentores. Que desapontamento. Queria acreditar que a nossa lã teria um destino mais digno, mas não... Bem longe estou dessa realidade, mas gostaria de acreditar que alguém iria pegar naqueles velos, sentir-lhes o odor forte, lavá-los demoradamente e sujeitá-los a todo o processo que é necessário para os transformar até que alguém os vestisse num casaco de lã ou cobrisse as pernas com uma manta quentinha. Mas parece que não... Parece que é ensacada, bem acalcada para caber em maior quantidade, metida em contentores numerados e enviados para um destino longínquo onde, quem a trabalha, apenas lhe vai conhecer as partes mais pobres para a transformar em produtos baratos e as partes mais nobres irão para outros destinos luxuosos. Enfim, assim é o comércio, assim é a lei do dinheiro que governa o mundo, mas assim não é o coração de uns poucos que têm amor à qualidade e à arte, amor às origens e ao que é verdadeiro. Louvo esses poucos e junto-me a eles em solidariedade artesanal e, quando a oportunidade surgir, aprender com eles também.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Leaving the nest

 
Encontrei esta imagem no Pinterest e não resisti a partilhá-la aqui! Coisa mais linda...

sábado, 3 de agosto de 2013

Última actualização tardia

 
 Para quem acompanhou a "odisseia columbófila nabantina", fiquei em falta com as actualizações, em parte devido ao facto de ter perdido parte das fotos, não sei como... Mas eis aqui as que sobraram, e que ilustram bem o que já me tinham dito: que os pombos bebés são criaturas muito feias. Subscrevo.


Quem disse que tudo o que é pequenino é bonitinho, venha falar comigo!


Aqui não quiseram dar as caras para a foto. Talvez estivessem amuados, porque os pais nunca mais vinham com comida e o calor abrasava.


 
Aqui já se pareciam pombos, enfim. Aquelas penugens amarelas são os últimos resquícios de uma meninice que não volta mais (não acontece só aos humanos...) e que lhes emprestam o ar da sua graça.
 

 
 E aqui já tinham lançado asas à aventura dos primeiros voos, e mudaram de parapeito, para a janela oposta, a do meu quarto. Só dei por eles quando, à noite, fui a baixar as persianas e elas fecharam todas tortas. Estranhei e quase praguejei, porque não me vinha nada a calhar mais uma despesa agora ao ter de arranjar uma persiana. Levantei, baixei, novamente torta. Socorro! Abri a janela, levantei a persiana mais uma vez e lá estavam eles, um em cima do outro, pelos vistos a posição preferida para dormir. O mais curioso é que, diante de tanto sobe e desce persiana, eles não saíram do mesmo lugar. Oh criaturas estranhas! Mas bom, deles só resta ainda algum cocó esquecido para limpar, porque já mudaram de residência definitivamente. Ficou a experiência, muito interessante, de ter presenciado o nascimento de uma ave, um privilégio sem dúvida. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Nasceu o primeiro

 Foi uma sequência muito interessante. Suspeitei que fosse hoje o dia de pelo menos um nascimento porque vi que os ovinhos já estavam a querer rachar.

 Correndo o risco de os progenitores ficarem muito zangados connosco, íamos espreitando de vez em quando.

 O pombinho lá dentro, dava o ar da sua graça, tentando rebentar a casca a toda a volta.

 Foi um parto que demorou pouco mais de uma hora.

E ele nasceu. Bem feio o pobrezinho, verdade seja dita. Mas já está cá fora e aninhado debaixo da mãe e ao lado do irmão, que ainda está para nascer.
Mesmo tratando-se de pombos, uma praga urbana, foi um privilégio assistir ao nascimento de uma ave. A natureza no seu melhor, a cuidar dela própria.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Actualização

 Faça chuva...

... ou faça sol, o amor à causa da multiplicação da espécie mantém-se inalterável.
 
 E a verdade é que, dois dias depois das primeiras fotos, lá estava o segundo ovinho, para nossa delícia e desespero. Sim, desespero, porque depois quem vai limpar toda a sujeira que eles fizerem não vão ser eles, não... vou ser eu, ah pois! Eh eh, mas é por uma boa causa.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Insólito!

Que me perdoem os defensores dos animais, que eu cá também gosto muito deles, mas não vou muito à bola com pombos. Acho que os há em demasia a causarem muita destruição com os seus dejectos. Quase todos os dias sujam a minha roupa no estendal, obrigando-me a lavar a roupa de novo, sujam os parapeitos das minhas janelas, etc.

 
Ora, há uns dias que venho a notar uma preferência pela floreira de uma das minha janelas e cada vez que vou regar as minhas flores, lá os encontro eu empoleirados e fogem quando me vêem. Tenho andado até um pouco chateada porque reparei que me acamaram a terra e partiram algumas hastes das flores. Hoje, cansada do trabalho, resolvi relaxar um pouquinho e ir cuidar da "horta". Abri a janela para regar a dita floreira, e lá fogem eles todos assustados. Fiquei cá com umas vontades... Quando olho para a terra e eis que... está lá um ovo! Pronto, quiseram dar-me a volta.

 
Mais uma vez, que me perdoem os defensores dos animais, mas fiquei indecisa entre provocar um aborto e deixar vir mais um pombo ao mundo. Resolvi então tentar fazer vingar as duas vidas! Não sei se vai resultar, mas reguei as plantas na mesma, sem molhar o ovo. Quero demais as minhas flores de cores bonitas na janela para as trocar por um pombo, mas ainda assim, um bebé é um bebé, e achei tão lindo...

 
Vou fazendo actualizações assim que houver novidades. Apesar de tudo, até me sinto privilegiada, eh eh.