quinta-feira, 28 de março de 2013

Saber ver

 
É preciso reviver o sonho e a certeza de que tudo vai mudar. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender a sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver.

Lua Oliveira

quinta-feira, 21 de março de 2013

É bom ter consciência


Se há coisa que me faz mesmo feliz é conhecer pessoas com essência, com valores com os quais me identifico e que não têm "vergonha" de os expôr. E retiro-me, para vos apresentar a Belinda:

"Depois de ver algumas fotos do mercadito da carlota, fico a pensar que a "crise" não é para mim sinónimo de ajudar quem mais precisa ou de pedir a quem mais tem. Quem precisa vai continuar a pedir e quem não precisa vai continuar a consumir.

"Vamos ali comprar um vestido da Knot e levamos um frasquinho de grão para os mais necessitados." Que estranho conceito de solidariedade. Eu posso consumir o que me apetecer mas tu limitas-te a pedir alimento.

A "crise" deveria ser um meio para as pessoas evoluírem, se tornarem mais conscientes, mais ligadas à natureza e menos ligadas aos bens materiais. A crise deveria fazer com que partilhássemos um carro, uma casa, uma sopa, um brinquedo, umas meias, um abraço. Não, a crise faz com que os que têm mais deem aos que têm menos. E assim todos uns acima dos outros. Eu tenho e tu não.

A minha filha não usa roupas do mercadito da Carlota, usa roupas usadas por outras crianças, usa roupas feitas pela avó com restos de outros tecidos, usa, uma ou outra vez, roupas que a mãe compra, mas não tem tudo de marca e muito menos tem o que está na moda. E assim tem sido com livros e brinquedos, de outras crianças e para outras crianças. Não é uma questão de "crise" é uma questão de expansão da consciência.

Certo que, esta é apenas a minha forma de evolução e a minha forma de educar uma criança. E, como todos sabemos ninguém está certo e ninguém está errado, as pessoas vivem da forma que muitas vezes escolhem. Eu escolho viver assim. Com pouco de tudo e muito de nada."

O meu aplauso. E agora vou ali espreitar o mar porque certamente voltarei cheia de força...

 
 

sábado, 9 de março de 2013

Destes dias


As palavras correm soltas dentro de mim mas, tal e qual um rio desgovernado, atropelam e engolem tudo o que apanham pela frente e quando chegam a aflorar a superfície, são já uns salpicos sem força para produzir qualquer efeito.
É esta a incongruência de alguns estados interiores e tal é o meu. Posto isto, a ausência de palavras não se deve à falta de vida, muito menos de sentimentos, mas antes ao esmagamento de emoções a que me sinto sujeita e que me calam a voz.
E ao escrever estas palavras, não o faço como justificação de coisa alguma, faço-o antes como registo de um estado de espírito num percurso de vida intenso na sua essência, e que virá a frutificar no tempo certo.
Já diz a Palavra que há um tempo certo para todas as coisas acontecerem. Não me resta outra atitude, que não a de concordar. Não adianta ter pressa e abreviar o tempo e os acontecimentos.
Sinto-me a despertar de um período de hibernação, mas quando sairei da toca, ainda não sei. Aguardo com expectativa os dias de sol, os dias em que virei cá para fora, restabelecida do longo descanso e renovada de energias, para vir tomar um lindo pequeno-almoço no meio de erva verde, ao som dos pássaros e ao cuidado da brisa sauve. Na mesa, pequena, de madeira velha, uma toalha colorida, sumo de laranja natural e água da nascente em jarros transparentes, e pão e bolos caseiros. E assim, sem pressa, saborear o alimento que reanima o corpo e a alma.
Cada um busca o que quer, cada um alcança aquilo que tem capacidade para alcançar. Que Deus nos ajude a todos. Que o ânimo que Ele insuflou nos nossos espíritos no princípio dos tempos, seja o mesmo que dá vida à nossa existência até ao fim deles.