sábado, 30 de dezembro de 2017

Feliz Ano Novo!




Nos últimos dias do ano escrevo de um café frio mas com vista soalheira para o jardim traseiro do meu prédio. A vida sabe-me a lã, revistas rurais, agenda por iniciar e projectos por pôr em prática. A vida sabe-me a despedida do velho ano e a abraço do novo. Estou pronta para o receber, num ritual que só o meu coração conhece.
Se antes não dava importância à passagem do ano porque, na realidade, é apenas a transição de mais um dia para outro dia, como nos restantes dias; actualmente, talvez devido à idade, sinto o peso reconfortante da transição, da passagem, do recomeço.
Um novo ano vai começar, um novo ciclo a estrear. E que ele venha com tudo de bom, com todas as aprendizagens e consequente gratidão. Porque disso faz parte a vida. No mais, reconfortemo-nos com aquilo que nos faz bem e com a natureza que Deus colocou ao nossos dispor. 
Um 2018 muito abençoado para todos!


segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Feliz Natal!




O amor é o que se faz presente no Natal
quando se pára de abrir prendas e se escuta

~Atribuído a  Bobby, um menino de 7 anos de idade~

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Consciência




E se de repente uma mudança de vida nos batesse à porta e nos víssemos a braços com alterações dramáticas de rotina e com escassez daquilo a que estamos habituados na vida moderna? 
Falo, por exemplo, do imediatismo da luz, da água, das redes sociais, do vestuário e da alimentação.
E se de repente o nosso orçamento só desse para adquirir um número muito limitado de itens e tivéssemos de estabelecer prioridades ainda mais rígidas? 
Penso nisto, por vezes... Penso nisto porque já me vi em situações quase de risco e penso porque sim, porque sou frugal e responsável. E gosto de o ser.
Bom, actualmente vivo uma situação que, não sendo desafogada, é-me confortável, tendo em conta por onde já passei. Mas... Tendo acesso a água canalizada, abro a torneira com consciência, fazendo-o apenas quando necessário e reduzindo o caudal, no caso em que as torneiras dão para o fazer. Ligo o interruptor e desligo quando deixa de ser necessário, não utilizando muitos equipamentos em simultâneo, fazendo assim uma melhor gestão do uso dos mesmos. Roupa, é-me praticamente toda oferecida, a mim e ao meu filho e quando se desgasta, tento arranjar para prolongar o seu tempo de vida. A comida, essa parte tão importante da nossa vida, passa agora por uma fase de ligeira mudança, também de maior consciência. Deixei de "alambazar" :) Adoptei o lema de um criador de perus britânico: coma menos, coma com mais qualidade e coma tudo. Fantástico, não é? Qualidade sem desperdícios. 
De certa forma, sempre fui assim, mas agora faço-o de uma forma mais consciente, agradecida e convencida de que a vida me retornará com bons frutos o resultado desta forma de estar. E já o está a fazer com uma conta da luz e da água mais baixinhas e um peso corporal também mais agradável. Portanto, tudo lucro. Com a graça de Deus :)

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Por estes dias





Por aqui os dias fazem-se de espera, anseios, desilusões, sol, chuva, vento, muito vento, previsões, alegrias, preocupações, ralhos, beijinhos, abraços, amuos, sonhos, pesadelos, preocupações com a escola, brincadeiras, passeios, comidas novas, ingredientes novos, mercearias biológicas, gente bonita, noites aconchegantes, lareira eléctrica a bombar, férias, trabalho, convívios de Natal, Árvore de Natal natural, tudo o que compõe uma vida normal e a deixa preenchida e a pulsar. Neste Outono quase Inverno sinto os meus níveis de energia a recuperarem-se lentamente do Verão intenso, mas aconchega-me a alma pensar nas noites frias que estão aí e nas preparações (sem stress!) do Natal que se aproxima. E assim se vive. Um dia de cada vez...


segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Faça chuva ou faça sol, uma boa semana a todos!

 




As coisas boas levam tempo

 

sábado, 18 de novembro de 2017

Bom fim de semana!



Cada vez mais o simples faz sentido para mim. Descomplicar, abrandar, observar, apreciar, dizer não ao que não acrescenta paz, alegria e crescimento. 
Deixar o pó em cima dos móveis e ir à floreira da janela apanhar uma flor para pôr num simples frasco de vidro com água em cima da mesa, reparar na luz de Outono que entra pela casa, sentar na varanda a ler uma revista cujo sentido é esse mesmo: abrandar e apreciar as coisas simples da vida.
Respeitar o corpo tendo atenção à sua comunicação conosco. São tantas as distracções da vida, são tantas as imposições, as amarras, os pedidos. E nesta percepção, não é fácil mudar. Mas é possível. Sim, é possível. Não ir com a corrente é ser contra-corrente e qualquer dia a contra-corrente já é corrente, mas neste meio tempo, importa respeitarmo-nos e vivermos por inteiro, de acordo com a necessidade que o nosso ritmo pede.
Sim, é possível. 


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Boa semana a todos!





A alma é uma borboleta. 
Há um instante em que uma voz nos diz que chegou o momento de uma grande metamorfose.


Rubem Alves


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Um dia de anos como se quer











Um dia de anos sem prendas, sem festa, nem sequer bolo. Que importa?  Fui eu que escolhi assim. Para mim, o importante são os momentos e as emoções. E essas, foram do melhor. 
Um dia calmo, muitas mensagens e telefonemas mas, sobretudo, muito passeio, e com a melhor companhia. Por sítios da minha infância e juventude onde eu não ia há muito, revisitados e redescobertos com outros olhos e outro coração. 
Para mim, esta foi uma das melhores maneiras de celebrar os meus 45 anos :)


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Bom dia!



Os melhores professores
são aqueles que te mostram para onde olhar,
mas não te dizem o que ver.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Bom dia!



"E é por viver contente que concluo 
sem demora:
é a menina que vive por dentro, 
que alegra a mulher de fora! "

Luan Jessan


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Praia, pedras e vida









Quando uma pedra se transforma em fio e quando esse fio se transforma num baú portátil de memórias a acarinhar. Carregar esta pedra ao pescoço tem para mim o valor simbólico de me fazer regressar às férias do Verão, onde caminhei pela praia, joguei beach ball, tomei banho, comi bem, vi os pescadores trazerem peixe do mar e essencialmente, onde sonhei e redimensionei a minha vida. De lá, trouxe o compromisso de abrandar cada vez mais e pôr cada coisa no seu devido lugar. De lá, trouxe esta certeza de que é no desacelerar e tomar consciência do aqui e do agora que a vida toma outro sabor e outro sentido. De lá, abracei a convicção de que não é pecado usufruir das coisas bonitas da vida e de que não é errado descansar aquilo que o corpo pede. Não faz sentido correr, se essa corrida não nos leva a um destino de paz e felicidade interior. Não faz sentido lutar por coisas materiais se, como diz a velha frase: as coisas mais importantes da vida não são coisas. Talvez me sinta desajustada neste mundo, mas isso só significa que talvez tenha sido criada para ajudar a construir um mundo novo!

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Casa







Quem me conhece, sabe que há uns poucos de anos que anseio ir morar para o campo. Há 5 ou 6 anos, não me lembro bem, pus o meu apartamento à venda, pesquisei, encontrei, negociei, tudo, só me restava que alguém o comprasse para eu poder comprar a casinha dos meus sonhos. As coisas não correram como eu desejava, e conformei-me, adquirindo novas formas de amar a minha casa. Novamente, há coisa de dois anos, voltei ao mesmo sentimento forte e voltei a pôr o apartamento à venda. A tal casinha dos meus sonhos já não estava à venda e encontrei outra. Novamente a espera saiu infrutífera. 
E hoje? Hoje mantenho o sonho. Mas aprendi a amar a minha casa. E percebo que, para onde quer que vá, é aqui que criei raízes, que já vivi o melhor e o pior da minha vida, de onde já saí e acabei por voltar. E amo-a. Por vezes desejo que não seja definitivo este amor, mas tenho, realmente, de ser muito grata pela casa que tenho. Muito arejada, muito luminosa, muito bem situada, com vista para o campo, de um lado e vista para a cidade de outro, e mesmo esta, com um jardim bonito e cuidado. Quando saio e regresso, sinto as mesmas emoções de há 21 anos atrás: a minha casa. A luz das diferentes estações, os cheiros dos dias, as pessoas que vão envelhecendo e outras crescendo, um pormenor aqui e ali que muda, mas o mesmo velho bairro onde me sinto em casa. Do lado com vista para o campo, é onde, afortunadamente, tenho a minha marquise, arejada no Verão e acolhedora no Inverno, de onde ouço o galo cantar a altas horas da madrugada, de onde ouço as ovelhas balirem, de onde vejo o vizinho a cultivar o seu terreno, transformando-o num jardim hortícola, com os seus sons próprios: o motor de rega, o tractor a fresar, os amigos que se juntam para a patuscada, um ou outro que pára para cumprimentar e trocar uns dedos de conversa. A minha casa. É aqui que vivo hoje. Com a graça de Deus.
E depois, convenhamos, qual é a casa que é abençoada com a visita de passarinhos que aqui ficam por horas? Ok, provavelmente muitas, mas deixem-se sonhar, está bem? ;)
E já agora, um feliz mês de Outubro a todos! :)

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Bom dia!





Tem paciência. 
Todas as coisas são difíceis 
antes de se tornarem fáceis.

Saadi


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Como o rio que flui...



Vejo o sol cintilar na água.


Vejo ao longe um peixe a saltar.


Vejo na outra margem uma pessoa a pescar enquanto outros passeiam de bicicleta.


Vejo as nuvens brancas e cinzentas no céu, anunciando esperança de chuva.


Ouço os passarinhos que chegaram depois de mim.


Sente-se o ar e a paisagem secos à minha volta. Não está a ser fácil, este Verão.


Sinto o cheiro do sol a aquecer a minha pele.


Sinto o cheiro da rama dos pinheiros pequeninos perto da mesa onde me encontro.


Sempre imaginei como seria viver à beira da água...
Esta mistura de cheiros e de sons é completamente envolvente. Toma conta de mim. E faz-me sentir que a vida é isto. Que é perfeita.
Todos nós devíamos dedicar momentos da nossa vida a momentos como este, só nossos, para partilharmos se quisermos ou para deixarmos assim, só entre nós e Deus...


segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Nem tudo são retrocessos...








Às vezes, 
precisas de dar dois passos atrás 
para ganhar balanço


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Desta vida real



Mais um marco na vida. Daqueles transformadores. Daqueles que não nos permitem ficar na mesma. Ou avançamos, ou recuamos. Ficar parados é morrer aos poucos. Bom, recuar, neste caso, será morrer... 
Momento de decisões. Principalmente as que partem do lado de dentro e se resolvem cá dentro.
Os meus dias, ou melhor, o meu interior, tem-se feito do que mostra a foto. Tapete, livros e luz.
Descobri o yoga há vários meses. Nada transcendente, no meu caso. Bem leve, online, ao meu ritmo, mas de uma descoberta bonita das maravilhas do corpo, das suas necessidades e dos seus limites. A professora é muito bem disposta e consciente do que fala. Nunca estou sozinha a movimentar o meu corpo. Nuns dias suo, noutros o ritmo é mais lento, nuns puxo por mim, noutros permito-me relaxar, mas quase sempre entregue à prática. Tem sido uma descoberta fantástica, esta, a qual já não passo sem.
Livros. De viagens interiores mas, principalmente a Bíblia e um pequeno devocional. Porque há momentos, ao longo do meu percurso, em que me pego afastada do essencial e da fonte da Vida e é a mesma vida que, por vezes de uma forma dura, me mostra que tenho de voltar ao Caminho. Muito, muito bom. Muito profundo. Restaurador voltar a ouvir, a falar, a ler, a ver Deus, o Pai em todos os momentos da minha vida. Que não estou só, eu já sei, mas sentir isso cravado na pele e no coração, é de todo vivificante.
Luz. A consequência mais natural. Porque quando nos predispomos a seguir a nossa voz interior, colocada ali pelo amor do Pai, por muito que a escuridão se faça sentir, a luz brilha por cima dela, tornando o caminho mais fácil de ser vislumbrado, ajudando a dar passos mais leves. O que é de todo importante para a leveza da vida. 
Sem dúvida, o mais importante não é o que nos acontece, é o que fazemos com o que nos acontece. É claro que a dor é inevitável, mas o sofrimento não. Que possamos sempre fazer as melhores escolhas na nossa vida, de modo a carregarmos um fardo o mais leve possível e a podermos iluminar o mundo com o nosso sorriso.