sábado, 28 de março de 2015

Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre

quinta-feira, 26 de março de 2015

Fé no futuro





Há realmente qualquer coisa de mágico em cada ser humano. Quando nos criou, Deus colocou em cada um de nós sentimentos inexplicáveis, que só são possíveis de entender quando vividos. 
Praticamente todos os dias, nas minhas semanas de estadia no campo, quando vou para o trabalho, à mesma hora da manhã, o vejo a subir a estrada em direcção ao único café das redondezas. Em meios pequenos, toda a gente conhece a história de toda a gente e já me fizeram saber que este senhor, por volta dos 60 anos, alto, forte, de bigode e cara fechada, é um alcoólico redimido, solteiro, que vive agora de um qualquer rendimento social, mas que sossegou na vida. 
Hoje, pelo contrário, em vez de o ver em direcção ao café, talvez por já ser mais tarde, vi-o ir na direcção oposto, a caminho de casa. Levava uma árvore na mão para plantar. Vinha do "Quintal", também a única loja agrícola por aqueles lados, das tantas que já vão proliferando pelo nosso país, uma vez que agora a agricultura é o que está a dar.
Fiquei feliz. Aquele senhor tem um objectivo na vida. Plantar uma árvore, cuidar dela, vê-la crescer e colher dela os frutos.
E isso faz-me pensar. O que nos leva a semear e a plantar? O que leva uma pessoa de mais idade a semear e a plantar? Fé. Pura fé. É que ser um jovem a fazê-lo, até se compreende, afinal espera ter muitos anos pela frente para ver todo o processo a completar-se. Mas uma pessoa de mais idade? É acreditar que ainda terá muitos anos pela frente e que os quer viver a ver desabrochar o que hoje é ainda um ser dependente; é acreditar que, quer viva muitos quer viva poucos anos ainda, valerá a pena viver para ver nem que seja o começo de uma nova vida vegetal a despoletar; é acreditar que, mesmo que morra no dia seguinte, alguém virá para cuidar daquela árvore para a fazer prosperar. 
E isto emociona-me. Alguém como nós, com uma vida tão frágil, amoroso o suficiente para querer cuidar e amar outra vida frágil. Seja um santo, um pecador. Nem sequer isso importa. Afinal, como já ouvi uma vez, um santo tem sempre passado e um pecador tem sempre futuro. E eu vi o futuro, hoje, nas mãos daquele homem com quem me cruzo praticamente todos os dias. Graças a Deus.
(Também nós plantámos muitas árvores no final do ano passado e início deste. E também elas já estão a dar sinal do cuidado que lhes temos prestado e da fé que depositámos nelas, crendo que elas já foram abençoadas para frutificar!)

terça-feira, 24 de março de 2015

De outro nosso passeio















Foi há não muito tempo, antes de virem estes dias de temperaturas mais amenas, num dia frio mas soalheiro, que partimos em busca das cilercas, petisco muito apreciado por estes lados. Apesar da busca infrutífera, andar a pé pela serra e reparar em cada pormenor da natureza, parando e conversando, apontando e registando, perguntando e gargalhando, todos os momentos foram preciosos para gravar na memória... para mais tarde recordar. ;)

domingo, 22 de março de 2015

Sejam felizes hoje




E como lembra a sabedoria árabe, se tem um amigo, visite-o com frequência, pois as ervas daninhas e os espinheiros invadem o caminho por onde ninguém passa.

sexta-feira, 20 de março de 2015

A serenidade que nos faz bem
















Aniversários, preparações com afecto, luz ténue para serenar as emoções, bolo de anos caseiro e feito com muito amor, sol a entrar pela casa de janelas abertas e edredons a assoalhar, momentos de meter as mãos na massa e usufruir da última caneca que a carracinha me ofereceu no Natal e que se adequa tão bem à Primavera que agora entra, momentos de casa, nesta estação com crises de adolescência, que ora está sol, ora está a chover, não sabe muito bem para que lado há-de ir, mas é aí que reside o seu encanto, na surpresa. Adoro o sol da Primavera, que faz apetecer estar lá fora a desfrutar dos encantos da natureza, mas também estar cá dentro, a sentir o novo cheiro da casa, a luz que invade cada canto, a varanda que se enche de cor e cheiros. Adoro!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Do nosso passeio








Era Domingo à tarde, o tempo estava indeciso, sem saber se mandava sol ou mandava chuva. Bom, mandou os dois, para não entristecer ninguém. E foi nesses entremeios que eu e a cria embarcámos em mais uma aventura por entre pedras até à água, tentámos entrar num barco, fizemos desenhos no chão, explorámos a aldeia quase deserta e o cais abandonado e na volta ainda vimos um pássaro que não voava, só saltava. Eu não o conheci, mas disse-me a minha enciclopédiazinha, cabecinha fresca do recém aprendido Estudo do Meio, que era um gaio. Fui pesquisar... E não é que era mesmo? Guardo no coração uma lembrança fresca desta tarde, fresca como a idade dele e fresca como a chuva que venceu o sol por algumas vezes...

segunda-feira, 16 de março de 2015

Março


E virou-se mais uma página no calendário e na agenda, mas esta já vai a meio...
Bem tento agarrá-lo e geri-lo da maneira como convém mas ainda não cheguei lá, o tempo, esse eterno atleta de metas únicas, foge-me como louco.
Março é mês de mais aniversários, de flores e de sol, mês da Primavera e mês de muitos encantos. Vamos lá celebrar, que o tempo não espera, há que ser alegre para espantar os males. Ocidentalizando os nossos amigos chineses, rir é o melhor remédio!

sábado, 14 de março de 2015

Quase tudo é uma questão de perspectiva...



E se eu cair? 
Oh minha querida, e se tu voares?
E.H.


Bom fim de semana!

quinta-feira, 12 de março de 2015

O calor pede alguma frescura



Alguma, que é como quem diz... que eu não faço por menos!
Não sou mocinha de vestir logo manga curta e sandálias assim que saem os primeiros raios de sol e a temperatura passa um pouco dos 20º. Mas este ano deu-me umas saudades de fazer gelados... E veio mesmo a calhar porque, com esta vontade, vieram também os primeiros dias de sol quentinho. Assim, foi só aproveitar as amoras que tinha congeladas da última apanha e seguir a receita bem simples, substituindo apenas as framboesas pelas amoras. Suspiro... Vou ao céu com cada colherada.

terça-feira, 10 de março de 2015

Dos nossos dias pelo campo














Ver que as nossas favas já estão em flor, bem como uma série de outras verduras que brotam por todo o lado. Revolver toda a outra parte do terreno com o objectivo de lhe dar a forma e o conteúdo que projectamos e, nesse processo, receber a visita dos nossos já habituais amigos Tareco, Salsicha e Boby, baptizados por nós, que não lhes conhecemos verdadeiramente o nome nem eles o nosso, mas já fizemos as apresentações e somos muito amigos desde que eles não resolvam correr e brincar por cima das sementeiras! Como terra desbravada e encontrada praticamente virgem, tornou-se urgente dar-lhe outro tipo de alimento e o estrume virou o nosso maior aliado neste processo, originando horas cansativas a carregar e a descarregar duas carrinhas de excremento húmido e pesado, mas plenas de lições que aprendi e agradeci, sendo uma delas a forma de preparar um curral de ovelhas velhas e cansadas, cuja única utilidade no momento é exactamente produzir o estrume de que precisamos. E ver que a Primavera já dá os primeiros passos manifestados nos rebentos das amendoeiras que levaram uma poda valente no final do ano passado e que resolveram brotar, apesar da morte anunciada e nas flores das ameixoeiras e pessegueiros, voltando a dar à paisagem cor, alegria e esperança. E ver também que os dias já são tão maiores, que o ar está mais leve pelo sol que tem marcado presença forte nas últimas semanas e que os dias de trabalho se prolongam até se ver só um palmo à frente do nariz. Os dias correm, a vida corre, tudo é um ciclo, tudo se repete, mas tudo se transforma. Em especial dentro de nós...