sábado, 31 de janeiro de 2015

Janeiro


Onde se meteu Janeiro? Dentro do espaço de tempo que cada um soube construir para si, de certeza. Este foi um mês que já se foi, ou melhor, está a queimar os seus últimos cartuchos, ou como quem diz, últimos minutos. O tempo passa a correr, dizem. Sim, eu também o sinto e fico amedrontada diante da perspectiva do que ouço outros dizerem que, quanto mais envelhecemos, mais rápido sentimos o tempo passar. Não é que queira parar o tempo, mas a verdade é que por vezes a intensidade da vida é tão grande que também sinto o que ouço outros dizerem: que o tempo é demasiado curto para todos os livros que quero ler, para todos os passeios que quero dar, para todos os projectos que quero realizar, para todos os trabalhos que quero fazer, para todos os mimos que quero dar, para todas as sementes que quero plantar e ver crescer... Ui, cansa. O que quero mesmo é viver intensamente cada momento para retirar dele todo o partido. Por isso, Janeiro que te vais embora, foste um mês bom, muito bom. Frio lá fora, mas caloroso cá dentro. Sobretudo, foste um mês de esperança. Um mês que me deu lições e me ensinou a construir alguns moinhos. Se os construí fortes e com velas resistentes, só o tempo o dirá. Mas o tempo que corre e por vezes nos escorrega por entre os dedos, esse espero vivê-lo para ver o resultado da obra...

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Descompressão






Oh felicidade! Que bom é pegar num livro, folhas de papel com cor e graça que ensinam a sonhar sonhos a desdobrarem-se ao sabor da agulha que encontra o fio. Tão simples a tarefa de executar o ponto de cordão e fazer um colar de lã e contas. Adoro fazer isto durante o dia, com a luz do sol, mas a verdade é que os dias são de trabalho intenso e o tempo que sobra é à noite. Que seja. Porque bom é sentar no sofá e passar uma noite serena, aconchegada com um trabalho de fio e agulha entre mãos. Assim, o Inverno torna-se na melhor estação do ano...

domingo, 25 de janeiro de 2015

É por isto que eu gosto tanto do Inverno III





As resistentes prímulas, as primeiras cores do ano na minha varanda; o voltar para casa nestes dias pequenos depois de uma tarde na nossa terra e acompanhar os entardeceres gélidos com paisagens que me levam a imaginar que vidas se levarão nas aldeias por baixo de nós enquanto as chaminés fumegam, as luzes se acendem dentro das casas e o fumo se espalha baixo pelo ar pesado de frio; e, mesmo que trémulo, porque ainda não consegui uma foto decente, o pisco, o meu passarinho favorito do momento, que tem acompanhado todas as nossas aventuras e vai ciscando, sem medo, a terra que nós revolvemos. Tudo é tão envolvente, tão forte, a nossa história escreve-se e deixa memórias e marcas para o futuro.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Hoje


Quem me quer ver feliz, é de motoserra na mão. Yahoo!!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O melhor tempo é hoje



Superar é preciso.
Seguir em frente é essencial.
Olhar pra trás é perda de tempo.
Passado se fosse bom era presente.

Clarice Lispector

sábado, 10 de janeiro de 2015

É por isto que eu gosto tanto do Inverno II





Dias de Inverno cheios de sol encantam-me. O frio gélido do sol toma-me por completo e enche-me de energia capaz de acreditar em coisas impossíveis. Não me canso de olhar as mesmas vistas, cada segundo é diferente e a luz muda a cada instante. As comidas cozinhadas no forno a lenha apetecem e dão um sabor tão caloroso às refeições. O fogo é hipnotizante e o calor que dele emana é aconchegante. Assim são alguns dos nossos dias de Inverno, só possíveis quando se vive no campo e em família...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Sobre nós







“Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso,
Trabalhar em conjunto é a VITÓRIA!”

Ao deixar este pensamento, Henry Ford estaria a fazer nascer uma luz de perseverança dentro de mim. De facto, de vez em quando é necessário alguém relembrar-nos que nos devemos manter no caminho e no foco, especialmente diante das contrariedades, para que o alvo seja alcançado. 
Ao ler este pensamento, senti como se ele fosse a história da minha vida neste ano que passou, com o final ainda por escrever nos anos vindouros. 
O ano começou com união, uma união que começou sorrateiramente, com um estender de mão do meu agricultor, que na altura apenas me queria ajudar a percorrer o caminho que eu queria percorrer, mas não sabia como, e que também acabaria por vir a ser o dele. Progredimos nesta união, na persistência de aprender em conjunto e de caminhar com um objectivo comum. E se trabalhar em conjunto é a vitória, então a nossa está garantida! Porque todos os dias acordamos para respirar esta vida que abraçámos. Vivemos sem o glamour das reportagens das revistas sobre temas rurais, antes enfrentamos a realidade das roupas gastas e sujas, do corpo transpirado, das mãos ressequidas e encardidas, dos arranhões mais ou menos profundos na pele, das quedas mais ou menos aparatosas que se dão. Mas sim, são verdadeiros os testemunhos da gente que abraçou a vida no campo e se sente realizada com isso, da gente que sabe o quão bom é poder acordar a ouvir os passarinhos, poder trabalhar a terra e retirar dela o fruto, conviver com as origens e tradições da cada lugar, e poder saborear o sorriso franco que isso põe no rosto. Por vezes gostaria que fosse mais fácil pensar no passo a dar, somar os prós e os contras, fazer as contas e upa, começar. Porque o desconhecido não me assusta assim tanto, assusta-me mais a realidade. Penso, pensamos, discutimos estratégias, planeamos, fazemos, mas no fim, apenas o que obtemos é a satisfação de sermos nós próprios, de seguirmos aquilo em que acreditamos, ainda que aquilo em que acreditamos não seja suficiente para fazer face às necessidades da vida. Isto não tem a ver com a crise. Tem a ver com a sociedade instituída e na qual é difícil encontrar um nicho para quem queira agir de forma diferente. Mas enfim, creio no resultado do nosso trabalho, creio que não trabalhamos em vão, creio que a esperança vai resultar em concretização e a concretização na vitória! E nesta atitude, esperamos que a Primavera chegue...

domingo, 4 de janeiro de 2015

É por isto que eu gosto tanto do Inverno












Brrrrr... Mas eu gosto! Casacos de lã bem apertados contra o corpo, botas quentinhas, gorro, cachecol, luvas, respiração fumegante, frio revitalizante, aquecer com o trabalho, tudo isto me enche de energia e vontade do depois, quando o depois se traduz numa manta e/ou lareira quentinha e um trabalho entre mãos. Até o coração dá pulos fora do peito, de contente!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Feliz 2015!





Se alguma vez senti isto, já foi há taaaaantos anos, que não me lembro: sinto borboletas na barriga pelo ano novo que se aproxima!
Por onde é que passaram todos os dias do ano de 2014?! O tempo passa tão rápido que, a não ser a nossa consciência e persistência em fazer de cada momento um momento especial, damos por nós com tempo passado e esgotado e uma sensação de frustração e vazio por não o termos agarrado devidamente.
Mas enfim, estou com esta sensação, estranha mas boa, para mim, de um ano inteirinho pela frente, cheio de páginas brancas à espera de serem preenchidas com cor e oportunidades. Não é bom?
Como tal, agradeço ao "patrão", que nos ofereceu esta agenda, na sua aparência quase igual à do ano passado, mas cheia de pormenores novos e cheios de significado, maravilhosos para quem, como eu, adora esmiuçar detalhes e pensamentos para construir a alma. Agradeço a quem me ofereceu estas canetas de cores lindas com as quais tenho colorido momentos dos meus dias e que tanto me alegram. Espero com elas encher esta agenda de arcos-íris promissores. Agradeço a quem, no final do ano passado, me disse que o ano de 2014 seria o ano da esperança, alguém que veio acrescentar muito à minha vida e com quem afirmo que "este é o ano das concretizações"! E agradeço a Deus por tudo isto, por tudo isto que constitui a minha vida e que me satisfaz.
Por fim, desejo a todos um Feliz 2015!! Que seja um ano de satisfação para todos, um ano de concretizações, um ano de cor e um ano de amor!