terça-feira, 21 de maio de 2013

Balanço

Este blog está quase a fazer 3 anos e durante este tempo muitas coisas já aconteceram, algumas inimagináveis para mim há um tempo atrás e que, de certa forma, mudaram aquilo que eu sou. A pessoa que era no início destas mensagens, deixou de o ser. Claro, em essência, continuo a ser eu mesma, mas com as experiências destes 3 anos, sinto que perdi parte da minha inocência, que sei muito mais o que quero e luto por isso, mas por isso mesmo tudo se torna muito mais difícil.


Qual é o registo deste blog? Ups... Pois... Bem... Acho que simplesmente é um partilhar do dia-a-dia, das coisas que faço e gosto de fazer, daquilo que penso, numa espécie de diário ilustrado. Faço-o mais para mim do que propriamente para o público. Andasse eu atrás da "fama" e já teria desistido, como bem atesta o meu contador de visitas e de comentários. Mas é minha convicção sincera que, se com qualquer das partilhas que aqui coloquei, consegui abençoar alguém, nem que seja só "um" alguém, já valeu a pena, muito a pena.

 
A meio de 2011 pensei em fechar o blog. A vida tinha mudado e não fazia sentido continuar a escrever num espírito que já não era o mesmo. Ainda assim, fui permanecendo, talvez por falta de alternativa mais atractiva, ao estilo do "vamos a ver no que isto vai dar". No início de 2012 comecei como que a renascer das cinzas e parecia que vislumbrava algo novo no horizonte a chegar. Ainda não chegou, mas sinto a mesma emoção, sinto as mesmas borboletas na barriga, como se estivesse para acontecer algo novo a qualquer instante.

 
Desde esse início de 2012 que tenho vindo a lutar, a perseguir esse alvo meio nublado. Sei o que é, sei o que quero, só não sei ainda a forma de lá chegar. Porque todas as portas se têm fechado. E porque se têm fechado, vou permanecendo no mesmo lugar, fazendo o que posso com aquilo que tenho. Mas creio que, quando A porta se abrir, este blog vai fechar. Vai fechar, para dar lugar a outro. Provavelmente no mesmo registo, mas com outro espírito! Será um marco na minha vida. Mais um, mas bem grande, num assumir daquilo que sou.

 
Enquanto isso, vou mexendo na terra, plantando, semeando, regando, esperando, modificando. Porque é isto que me dá vida. É isto que eu sou. E é por isso que a apresentação deste blog ali no lado direito, ao cimo, já não é assim tão correcta. Ainda sou uma flor do campo que vive na cidade, num apartamento. Mas sou uma flor que vive dentro de um vaso, confinada a um espaço exíguo que não me deixa crescer e expandir. Portanto, sou uma flor feliz, mas não sou plena. Quero sair do vaso e ir em busca do campo vasto, dos prados verdejantes, dos rios que correm soltos, ser companheira dos pássaros livres e companheira das estações, que agora andam trocadas, mas prefiro andar trocada com elas do que refugiada dentro do vaso.

 
Tenho dito. Se a mudança vai ocorrer brevemente, não sei. Queria que sim. Mas só Deus sabe. E sei que Ele conhece os desejos do meu coração. E sei que, fazendo eu a minha parte, o resto Ele tudo fará, e fará como for melhor.

 

É isto e as saudades de um amor distante que vão preenchendo os meus dias. Tudo se renova!

domingo, 12 de maio de 2013

Fotografia = vida

Eu estou para a fotografia, assim como estou para a vida.
 
 
Em ambas sou ainda uma criança, mas a ambas abraço com um sorriso na alma.

 
Na fotografia, tal como na vida, busco essencialmente a natureza.


E dêem-me zoom em ambas, porque adoro pormenores.


Qual a evolução disto, não sei, mas sei que adoro fotografar coisas pequenas e torná-las grandes, adoro estar atenta e procurar detalhes e destacá-los como se fossem o mais importante (e por vezes podem bem sê-lo!).


Adoro ir ao centro do meu foco e registar todos os pormenores e ao vê-los posteriormente, chego até a descobrir pormenores nos quais não tinha reparado quando carreguei no obturador! Adoro estas surpresas.


E apercebo-me que também sou assim na vida.


Preciso de ir até ao âmago de qualquer questão, preciso de dissecar aquilo que para mim é importante para assim interiorizar e aplicar na prática, preciso de compreender o mais ínfimo pormenor para assim conseguir encaixar a peça do puzzle que estou a construir.


Sou assim. Uma chata, para alguns, assumo.


Mas também sei que, por ser assim, sou mais atenta e sensível à maior parte das questões que aos outros passam ao lado.


 
E por ser assim, compreendo mais fácil e rapidamente questões interiores que estão vedadas à maior parte das pessoas que passam a vida a correr e a perseguir alvos móveis e velozes.


Que fazer, se sou feliz assim?


É, eu estou para a fotografia, assim como estou para a vida.

domingo, 5 de maio de 2013

Velas de cera e batom para o cieiro

Numa tarde de Domingo e numa tentativa bem sucedida de ocupar as mãos para acalentar o coração, enchi mais uma vez a cozinha de odores e a alma de amores.
Já tinha as placas de cera natural de abelha cá em casa há umas semanas para fazer velas e utilizar noutras receitas caseiras e ecológicas que queria tentar fazer. E nessa tarde foi o dia.

 
Achei uma pena derreter as placas tão bonitas e resolvi aplicar a "técnica" mais simples, que é enrolar a placa sobre ela mesma e sobre o fio de pavio, tendo o cuidado de não partir a placa. Durante todo o processo, o odor a mel é inebriante e invade toda a cozinha. Fantástico!
 
 
Para finalizar o trabalho e para um acabamento mais seguro, derrete-se um pouco de cera em banho-maria e verte-se por toda a ponta da placa com o objectivo de a colar e assim ela não se desenrolar com o tempo e enquanto arde.
 
 
Convém também embeber o pavio nesta cera derretida para que, ao arder, a chama se mantenha e não se extinga ao consumir o algodão do fio.
 
 
Podem-se cortar as placas em vários tamanhos para obter diferentes feitios, ou enrolar mais do que uma placa ao mesmo tempo para obter vários diâmetros.
 
 
Aproveitei ainda, já que estava com a "mão na massa", para fazer batom para hidratar os lábios secos! Gozações de amigos à parte, que adoram brincar com as minhas experiências "químicas", o resultado foi bastante bom e adorei fazer um produto natural que eu utilizo com regularidade nos dias frios e de vento.
 
São necessárias:
 
3 colheres de chá de cera natural de abelha
3 colheres de chá de óleo de côco
6 gotas de óleo de amêndoas doces
 
Derrete-se a cera de abelha, junta-se o óleo e depois de tudo derretido, adiciona-se o óleo de amêndoas doces e mistura-se. Verte-se para um recipiente ou molde à prova de calor, espera-se até arrefecer e endurecer e está pronto a usar.
 

Aproveitei um frasquinho pequenino de doce e agora é só passar com o dedo e espalhar pelos lábios.
Adoro as minhas aventuras naturais!