Lá no avô é só aventuras. Em cima, pesca-se lodo no ribeiro, mesmo quando chuvisca. Todo o tempo útil é aproveitado, e não são uns pinguinhos que o intimidam.
Aqui, à espera da lagartixa. Se ampliarem a foto, podem ver a cabeçinha da dita a espreitar pelo buraquinho do tijolo, e o pai, todo cheio de paciência, à espera com uma palha em laço pronto a caçá-la. Mas a carraçita é um espanta caças, passou à frente do sol, fez sombra, e a bicha nunca mais se aventurou cá fora. Que frustração.
À espera do rato que por ali deambulava. Foi uma tarde rica, esta. Vimos um ratinho pequenino, depois outro maior. Na teoria dele, a mãe andava a passear com o filhinho.
Talvez, mas o avô não esteve com demoras e montou logo a ratoeira. Pôs queijinho lá dentro, e enquanto não vieram os ratinhos, as formiguinhas deram conta do recado. Mas a verdade é que, no dia seguinte, estavam lá os dois ratos com a goela bem apertada. Motivo para o avô telefonar e irmos a correr ver os ratos.
E eu só gostava de saber se alguém que por aqui passa tem medo de ratos! Tenho tanta curiosidade. É que eu, tanto quanto sei com quem já falei do assunto, sou a única pessoa que conheço que não sobe cadeiras por causa de ratos. Não fossem eles motivo de algum nojo, são até umas criaturas que apetece mesmo fazer cutchicutchi na cabeçinha.
E aqui preparam-se as brasas para assar castanhas. Sim, que a carraçita, apesar da sua tenra idade, pela-se pela bela da castanha assada. Como o fogareiro se partiu, o avô improvisou e fez-se lume.
E aqui entrou-nos uma libelinha enorme pelo carro adentro. Estava toda zonza, sem saber como sair, mas nós demos uma ajudinha.
E o sol ia-se pondo. Esta foi uma bela tarde, rica em animais. Faltaram as fotos dos grilos e dos gafanhotos bebés que andavam por ali a saltar à nossa volta. Bem como dos passarinhos que bicavam o chão como se não estivéssemos ali. E de uma quase birra para ir para casa, porque o bom mesmo era ficar por lá.
...eu geralmente atropelo é ratos qd ando de carro...
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