domingo, 19 de setembro de 2010

I Festival de Estátuas Vivas


Lindo! Adorei! É verdade que eu costumo ficar extasiada diante de uma formiga a passar à minha frente, mas realmente achei esta iniciativa muito interessante e a repetir. Não estive na atitude dos que passavam, olhavam e comentavam: "Eh pá, este gajo mexe-se muito." ou então, e não menos diferente: "Oh pá, este pisca demasiado os olhos." Pobres homens e mulheres, alguns ali a levar com o sol de chapa. Não me informei se eles foram pagos para estarem ali, mas se o foram, foram pagos para não fazer nada e no entanto, faziam mais do que nós! A sério, não sei como eles conseguem. Gostei muito.

Agora preparem-se. Quem quiser ver este post, sente-se confortavelmente, tenha por perto uma chávena de leite com chocolate, café ou chá, a gosto, porque as fotos vão ser muitas. E com uma certeza: estejam bonitas ou feias, bem ou mal tiradas, com o ângulo certo ou nem por isso, nenhuma retrata o ambiente que se vivia ali. Muita gente à volta, música no ar perto de algumas personagens, toda a mística da cidade junto do rio, da ponte velha, dos monumentos, do castelo, do convento, da mata, de toda a agitação fora do normal. Mas mesmo assim, espreitem...

D. Nuno Álvares Pereira, cá em cima, perto do antigo colégio.

Marquês de Pombal, junto ao edifício da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais.



Santa Iria, junto ao seu convento, à entrada da ponte velha. Com música conventual, que convidava a entrar dentro da igreja e ver tantos azulejos e formas arquitectónicas ímpares.

Em cada canto, uma surpresa. Foram muitas, registei algumas. Aqui, um cartaz à janela, tal e qual uma senhora a espreitar quem passava. E era tanta gente...



A lavadeira junto ao rio. Tanto sol...






A baixa estava engalanada. As janelas com colchas, as montras das lojas com fotografias alusivas à Tomar antiga e com objectos também antigos. Lojas de roupa com máquinas de costura e máquinas registadoras antigas. Lojas de fotografias com grandes fotografias e máquinas fotográficas de outros tempos. Manequins vestidos com trajes do tempo dos reis... E no próximo ano, ano de mais uma Festa dos Tabuleiros, não poderia faltar aqui alusão a essa festa tão nossa.

Gil Vicente.
D. Inês Pereira.

D. Maria II.

Costa Cabral, Conde de Tomar.


António Silva Magalhães.

Pausa para a fotografia...

Fernando Pessoa.

Mais uma pausa para apreciar o que se punha ao nosso dispôr. Portas habitualmente fechadas (esta é do nosso Club Thomarense) e sítios de estar habitualmente despidos de convite a sentar, estavam neste fim-de-semana de mãos dadas para receber quem passava.

E finalmente, por hoje, o casal alusivo à nossa Festa dos Tabuleiros. Aqui, o avô conseguiu convencer a carraçita a sair da sua timidez e a ir pôr uma moedinha na caixinha. Ora como convém a qualquer boa estátua, o agradecimento é o que se segue. A moçoila agradeceu e ainda se curvou para fazer umas carícias na carita dele, tudo em câmara lenta, claro, afinal estamos a falar de uma estátua. O tisoiro perguntou logo se eu tinha tirado fotografia daquele momento. Pois... Estava eu de lágrima no olho, emocionada até à alma com aquela cena, que nem consegui registá-la. Imperdoável, eu sei, mas quem é mãe que me entenda.

Tendo descido toda a Alameda, percorrido a ponte velha e subido a Corredoura, hoje fico-me por aqui. Mas amanhã trago mais fotos da Praça da República, Castelo e Convento de Cristo. Amanhã, tragam a chávena!

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