sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Casas velhas do meu caminho






Quem será que já se debruçou sobre esta janela? Quem descansou aqui à conversa com uma vizinha ou quem sabe, com um namorado? Quem já olhou aqui um horizonte talvez vasto na altura e sonhou com um futuro brilhante? Será que aqui, braços pousados sobre o parapeito, alguém já pensou o que eu pensei hoje?

Ao ouvir rádio pela estrada fora, ouvi algo que me fez pensar. E que foi mais ou menos isto. E antes de dizer o que é o "isto", importa referir que é engraçado o modo como reproduzimos uma coisa que ouvimos, lemos ou vimos. Acredito que nunca é da forma exacta como o emissor a quis transmitir, mas como de facto essa mensagem ficou gravada no nosso coração. Então o meu coração interpretou isto que eu ouvi desta maneira: a infelicidade é um dos maiores actos de egoísmo. Porque nos faz olhar somente para dentro de nós mesmos, num sentido de auto-comiseração, atentos só ao que está a importunar-nos, em vez de olharmos para fora, para o outro. Portanto, o grande problema não é a nossa infelicidade, mas sim a nossa incapacidade de sairmos de dentro de nós mesmos.

Que cada um entenda da forma como tem a entender, porque uma mensagem tem sempre a capacidade de ser aplicada para aquilo que é útil a cada um.

Desejo a todos um fim-de-semana feliz!

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