quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Deus, as ovelhas e nós



Hoje, no meu trabalho, já no final do dia, deparei-me com estas imagens. Captaram a minha atenção. A primeira, devido à simplicidade colorida das flores que alguém se lembrou de fazer crescer ali, no meio da horta, juntamente com as couves e o milho já seco. E precisamente ao lado, este rebanho pequenino de ovelhinhas a pastar. Pareciam tão mansas e limpinhas. Um quadro de calma, que refrescou um pouco o meu cansaço.

E imediatamente me lembrei do tanto que já ouvi acerca de Deus, as ovelhas e nós. Tudo, no sentido de como as ovelhas são um exemplo para nós. São mansas, obedientes a uma única voz - a do pastor, andam sempre juntas, etc. Qualidades a seguir, sem dúvida. Mas...

Sem querer entrar aqui em conflito com a ciência porque, de forma alguma, acho que ela seja incompatível com a fé, mas essa é outra conversa, Deus criou as ovelhas. E criou-nos a nós, a sua obra-prima. Criou-nos com livre arbítrio. Não fosse uma heresia criticar Deus, acho que muitos apontariam o dedo a este aspecto da criação humana. Afinal, o Homem é mau e faz muitas coisas más. Mas eu acho que criar-nos com livre arbítrio foi a coisa mais bela que Deus fez. Afinal, é isso que nos faz diferentes das ovelhas. Elas são mansas porque não pensam. Estavam a comer mesmo ao lado de flores tão bonitas, e nem sequer pararam para apreciar a sua beleza. São obedientes porque, não pensando, acham que só o que lhe mandam fazer é que está certo e fazem-no. Amam o pastor porque não conhecem nenhum outro. Estão juntas, porque não sabem viver de outra maneira. Em suma, elas são assim porque são, não têm outra escolha. Nós, pelo contrário, ao termos liberdade para escolher, podemos escolher o mal, mas também podemos escolher o bem. Tudo tem o seu contrário e nós podemos escolher o melhor ou o pior. E é isso que faz de nós seres diferentes.

É essa a beleza de poder escolher, o de fazer com que, amar Deus e os outros não seja um acto mecânico, mas sim uma decisão do coração. Entre tantos exemplos que se podem dar, muitos de nós costumam levantar-se todos os dias ao lado de um parceiro com olheiras, pele oleosa e mau-humor, mas escolhemos que essa é a pessoa da nossa vida e por isso, a mais bela do mundo. E Deus agrada-se de escolhermos o amor. Porque o amor gera vida e escolher é um dom. Como tal, a vida é o dom, por excelência, do amor.

Desejo a todos uma vida cheia de boas escolhas e plena de amor!

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