quinta-feira, 3 de março de 2011

A árvore

Desta vez, quando fui visitar a minha mãe, passei por aqui para me "alimentar". Foi ela que me deu a conhecer este caminho, num dos muitos passeios que ela dá com o tisoiro dela. E eu só penso: uau, formidável. A estrada é estreitinha, com altos e baixos, curvas e contracurvas, mas a paisagem é deslumbrante. Cheia de prados verdes, árvores imponentes, casebres de madeira, flores espalhadas pelos campos. Seja qual for a estação, aqui é um bom sítio para alimentar o espírito.

Fico sempre sem fôlego quando me deparo com esta árvore na subida da curva. Faz-me mesmo sentir como sou pequenina. Tão pequenina.

Tão pequenina, que não controlo nada na minha vida. Tenho até a ilusão de que controlo, e claro que há coisas que me são dadas a fazer e que mais ninguém pode fazer por mim, mas a verdade é que até algumas dessas coisas têm de ser executadas através de uma força superior, que não vem de mim, porque de mim própria não vem capacidade para as realizar.

Então descanso. Sei que a seu tempo, esse poder de fazer o que tenho de fazer virá sobre mim. Sei que no devido tempo as acções e as palavras tomarão conta de mim, surpreendendo-me. Porque já o experimentei. Porque sei que Deus nunca lidou comigo à bruta, antes sempre com amor e doçura.

2 comentários:

  1. Bela paisagem. Belas e sábias palavras...
    Bjo

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  2. Majestosa e grande essa árvore! Apetece deleitar-nos junto a ela. As tuas palavras Margarida trazem sempre esperança, coisa que ultimamente me falta...
    Beijinhos.

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