quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Gosto porque gosto








Gosto destas manhãs de neblina.
Gosto do frio da manhã e da tarde.
Gosto do trabalho de Inverno feito sem pressas no meio dos cheiros húmidos.
Gosto das noites à lareira.
Gosto das mantinhas coloridas que aquecem as nossas pernas.
Gosto da luz da manhã, que nos permite ver as coisas de sempre com outros olhos.
Gosto dos dias curtos, das noites que chegam mais cedo e nos levam a abrandar e a dedicar a projectos adiados no Verão.
Gosto deste recolhimento caseiro e da sensação de habitar um lar que me permite sentir paz e sonhar.
Gosto da profusão de ninhos que se encontram ao preparar a lenha para o Inverno, lembrando-nos que o renascer da Primavera vem todos os anos.
Gosto do musgo verde e fofo que cobre a terra.
Gosto dos cogumelos espalhados pelo campo.
Gosto do pisco, que saltita pelos ramos nus das árvores, colorindo o tom quase monocromático da estação.
Gosto da geada da manhã que tomba as ervas com o seu peso.
Dou graças por este pouco que é tanto.
Dou graças a Deus por este tudo.


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