terça-feira, 4 de março de 2014

O filho fez anos, mas a mãe também recebeu prendas


Como esta buganvília cor de rosa, linda


e esta pazinha de jardinagem.


Acho que foi lindo terem-se lembrado de mimar a mãe também.


Mas nem tudo são rosas nem cor de rosa como a buganvília e o meu jeito de descomprimir e ressuscitar é ir para o meio da natureza, apanhar flores do campo e metê-las num frasco/jarra decorado por mim e rodear-me de cor.



Os raios de sol são tímidos neste Inverno rigoroso, mas ainda assim contagiam de vida tudo o que tocam. Inclusive eu própria.



Lá fora a propagação da vida acontece. Mãos sábias e cuidadosas dão conta do recado e eu observo, encantada.



Acredito que daqui a um tempo tudo estará mais crescido e desenvolvido, com cor e alegria para dar.



Até a macieira, pequenina, duma semente talvez trazida pelo bico de um dos muitos passarinhos que por ali passeiam, foi desenterrada do meio do mato e liberta para a esperança do ar livre, do sol e da chuva, conforme a natureza se resolver a dar. E com a macieira, a esperança, a espera e a renovação.


Recebemos de braços abertos os raios de sol do fim de tarde, com gratidão. Tão bom piscar os olhos a tentar ver em que ramos estão os passarinhos pousados, virando o ouvido para a origem do som. Assumo que o meu olhar ainda não está treinado, para grande pena minha, mas sei que estou no caminho certo. Afinal, antes de escurecer, consegui eu perceber um melro a baloiçar num ramo ao sabor do vento forte, a cantar uma linda melodia, todo contente por ter companhia ali tão perto de si.


Ainda há água por todo o lado. A terra está ensopada, e ouve-se água a escorrer por entre ribeiros e pedras e até as rãs se ouvem coaxar, num barulho quase ensurdecedor no silêncio do escurecer. Água, muita água há por aqui.


Mas usufruímos de tudo. Em tudo damos graças, porque tudo o que a natureza nos dá, dá para aproveitamento, ainda que não o notemos. E deixamos a terra descansar e produzir o seu fruto em silêncio e sabedoria, deixamos também as ferramentas a descansar para irmos repousar o corpo entre mantas de retalhos, chá e bolachas. Nem tudo é cor de rosa, é verdade, mas com a força interior que nos define, é possível imprimir cor a tudo o que fazemos.
E obrigada a quem se lembra de dar os parabéns às mães por terem dado à luz o fruto do aniversário que se celebra.

8 comentários:

  1. Que beleza de post e também achei legal os teus mimos.Parabéns pelo e para o filho! beijos,chica

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  2. Olá,minha querida margarida!
    Que bom vê-la assim, radiante,contente e tentando colorir o teu cotidiano, mesmo apesar da aridez e do cinza, que às vezes cisma de aparecer na nossa caminhada pela vida... Com certeza, sei que estás sempre acompanhada com a fé e a esperança que todos os dias renova os corações! E que lindo a "filhote de bouganvíliea" sendo plantada na terra como um presente tão especial! Também amo essas belas plantas,que apesar dos espinhos, enfeitam e alegram tanto os nossos olhares! Por aqui, depois do verão extremamente quente e seco, que tanto castigou o nosso pequeno jardim, vamos nos aliviando com um pouco de chuva fresca e suave que hoje retornou à nossa terra...Uma esperança terna de um outono fresco e mais tranquilo para todos nós aqui abaixo do Equador. E aqui vão os meus parabéns e o desejo de muita saúde e felicidades pelo aniversário do teu querido menino e pra você também, a doce mãe que a cada dia é geradora de vida!!!
    Beijos e abraços carinhosos para todos!!!!
    Teresa
    ("Se essa lua fosse minha")

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    1. Obrigada Teresa, pelo seu comentário tão simpático, que me encheu o coração. Beijinhos.

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  3. Parabéns ao dois, com um ligeiro atraso. :)
    Beijinhos grandes

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  4. Ai a minha tola!...... Beijinhos aos dois, muitos e Felizes anos de Vida:)

    “O maior presente que você pode dar aos seus filhos não é a sua riqueza, mas revelar-lhes a riqueza que eles mesmos possuem”.

    Xiiiiiii..........:)

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  5. Parabéns Margarida! Pelo post e pela forma de encarar a vida que me é tão familiar!! Um abraço! Manuela

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