segunda-feira, 2 de julho de 2018
E do velho se fez novo...
Ferros e ferrinhos aproveitados ao longo do tempo, mais um velho tabuleiro de um fogão já inexistente, deram lugar a uma mini churrasqueira na minha varanda.
Só não sou mais adepta do "guarda o que não presta, saberás o que te é preciso", porque isso significa acumular muuuuuita coisa ao longo do tempo e acumular é algo que detesto. Mas a verdade é que por vezes isso se pode revelar eficaz.
Do velho se fez novo e útil. Da mesma forma, se juntarmos os nossos pedaços de modo consciente e com propósito, podemos fazer um novo eu muito mais forte e belo.
Questões e mais questões se têm levantado na minha vida ultimamente. Devagarinho, mas ao mesmo tempo quase de repente, dou por mim a pôr muitas coisas eu causa. Eu diria quase tudo.
Portanto, o meu silêncio aqui no blog não significa silêncio na vida real. Pelo contrário, muito ruído se tem feito dentro de mim. Mas creio que em nome de um bem maior.
Uma das questões que tenho colocado, de entre muitas, é:
Para que trabalhas tu? Para que mantens mais do que um emprego ou sais do país para ganhar dinheiro? O trabalho que tens satisfaz-te? És feliz? Cresces como ser humano? Ajudas outros? Com toda a certeza, o dinheiro não é o motivo principal pelo qual trabalhas? Trabalhas para pagar as despesas? Porque elas são muitas e não terminam nunca? E quando pagas umas aparecem logo outras, porque a tua ambição nunca pára de querer alcançar mais? Trabalhas por amor à missão que sentes que tens de cumprir ou para pagar as despesas? Se é para pagar as despesas, o que te mantém nessa linha de conduta? Se és feliz, 'bora lá pra frente, permanece nesse caminho. Mas se vives frustrado, angustiado, exausto, porque o trabalho não te satisfaz, o chefe é demasiado exigente, os colegas são aquela mesquinharia que muitas vezes existe quando se trabalha em equipa, as horas que passas a trabalhar doem-te no corpo porque podias estar a fazer milhentas outras coisas mais úteis e interessantes... serão esses argumentos suficientes para te manterem num caminho que leva ao mesmo que o do cãozinho que corre atrás do próprio rabo?
Atenção, não quero ofender ninguém que, com o seu empenho, acredita ser esse o caminho certo. O caminho do esforço, da luta, do suor, das lágrimas. Porque na nossa sociedade existe muito essa cultura: tudo o que vale a pena viver e ser conquistado, tem de o ser com muito esforço, porque se não o for, a pessoa é uma cretina que tem tudo de mão beijada. E às vezes a mão beijada é apenas a pessoa que faz o que gosta e por isso recebe os beijos da vida. Porque está de acordo com a sua essência. É, simplesmente. E quantos de nós não nos escondemos por detrás dos rótulos da sociedade e daquilo que ela exige de nós?! Quantos de nós não abdica daquilo que é, daquilo que realmente gostaria de realizar, apenas porque não tem força para sair do caminho e enfrentar a oposição?! A crítica, o apontar do dedo, o desdém, a incredulidade? Somos todos tão maiores do que aquilo que a maioria de nós faz ser... Falo por mim e para mim. E tenho pena que assim seja. Mas esta pena já é um sentimento de consciência da realidade que vivo e que não quero viver. E quando decido mudar de rumo, a vida alinha-se comigo e eu com ela para que o propósito seja cumprido. Creio nisto.
No mais, descansemos no facto que Deus nos ama e nos fortalece a cada passo que damos na direcção do Amor.
Caramba... no que uma simples churrasqueira feita a partir de ferros dispersos deu... :)
Etiquetas:
Momentos
segunda-feira, 21 de maio de 2018
segunda-feira, 14 de maio de 2018
Oração
A beleza das pedras que se nos apresentam pelo caminho... |
Etiquetas:
Deus
segunda-feira, 7 de maio de 2018
Bom dia!
quando algo te desvia, aceita.
é a própria vida a alinhar-te,
a levar-te para o sítio certo, na hora certa, com as pessoas certas.
Etiquetas:
Pensamentos
segunda-feira, 30 de abril de 2018
segunda-feira, 19 de março de 2018
segunda-feira, 12 de março de 2018
Voltou...
Voltou. Voltou aquela velha sensação que eu já tão bem conheço de querer largar tudo e viver um novo tipo de vida. De querer largar os padrões estabelecidos por esta sociedade e abraçar um estilo de vida mais natural e sustentável. Faço o que posso dentro da vida que levo mas os passos que dou parecem-me tão pequeninos que parece que não avanço nada.
Mas sim, por vezes dá-me ganas de mandar tudo para as "cucuias" e ir comer raízes para a minha caravana. Ou largar tudo e ir viver num barco a percorrer os rios e canais da minha terra. Ou esquecer do mundo corrente, aprender a fazer fogo por fricção e ir viver numa cabana junto ao rio.
Sei lá, tudo serve se servir de evasão. Talvez isto sejam devaneios da minha mente, talvez sejam escapadelas imaginárias que, por não serem reais, sabem bem e correm em direcção a um final feliz. Mas que cansa viver na sociedade actual, cansa. Detesto viver no consumismo, no ter, no alcançar, no correr. Se assim for, que seja num propósito construtivo do ser. Mas não é o que vejo, na maioria das vezes.
Mas enfim, como sempre digo, um dia de cada vez. E até é giro estar atenta e observar os caminhos da vida e por onde eles me levam. Já que ainda não consegui ser radical e largar tudo, que aquilo que abraço agora me sirva de estrada rumo ao destino que sonho.
Mas, o mais importante de tudo, é que a chuva voltou! E essa sim, voltou com efeitos muito positivos na terra, nos rios e em mim. Renova-me voltar a ver os regatos a borbulhar de vida e a terra a palpitar de flores. Graças a Deus.
Etiquetas:
Momentos
Subscrever:
Mensagens (Atom)