terça-feira, 17 de novembro de 2015

Eu, de mim própria








Bem sei que não é possível, mas às vezes gostaria que todos os dias fossem iguais, quando se trata daqueles dias em que acordamos bem dispostos, optimistas e com fé para acreditar que tudo é possível.
Mas não é assim que funciona... Grunf.
Então, como não é assim que funciona, para mim, o truque está em abrandar o ritmo, sossegar para recarregar a bateria. São muitas as coisas a pensar, a decidir. E a única conclusão a que chego é que sou mesmo uma outsider, que nado contra a corrente, que não compreendo este mundo e como retorno, este mundo não me compreende. Não estou com isto a fazer-me de vítima e não é que isso me incomode por aí além, apenas preciso de sentir dentro de mim a segurança das minhas decisões. E é nesse ponto que eu vacilo sempre: segurança. É assunto a trabalhar em mim, desde sempre e, pelos vistos, para sempre...
Mas enfim, enquanto busco dentro de mim e fora de mim essa segurança para seguir em frente, só aquietada conseguirei ouvir o meu coração. Assim, cada uma destas imagens reflecte aquilo que sou e o que realmente me faz bem. Prezo por demais estes momentos em que as minhas mãos trabalham. Os momentos em que passo tempo com a minha carracinha a ouvir música e a fazer as nossas coisinhas juntos e em sossego, e adoro quando ele me pede para deixar o fio de lã entre os dedos dos pés porque faz cóceguinhas boas enquanto eu o vou puxando ao ritmo do trabalho. Preparar um chocolate quente com um sabor um pouco diferente, no conforto da casa e da noite, também proporciona momentos de prazer, de quietude, de sossego e paz envolvente. Sair com ele e trazer dos nossos passeios folhas caídas das árvores para fazer grinaldas outonais, é outra das coisas que me encanta, porque acumula às memórias que já temos, pedaços visíveis e duradouros que trazemos para casa. 
Todos estes são momentos que ficam parados no tempo do coração, que nos aquietam e mostram o que nos satisfaz, que nos mostram o que realmente somos e quando vamos contra isso, percebemos o quanto isso nos violenta e destrói pouco a pouco. 
Que bom seria se todos os dias fossem iguais em optimismo...

3 comentários:

  1. Se calhar se todos os dias fossem iguais nós não lhes dessemos tanto valor , assim os menos bons são aqueles que nos vêm dar mais força para buscar os bons :)
    Beijinhos e tudo a correr bem .

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    1. Pois é, Carla, a vida é assim mesmo, mas damos graças a Deus em tudo, até porque há sempre pelo que dar graças! Beijinhos.

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  2. Hontem trabalhei e produzi muitooo estava feliz , sem dor e nada para me chatear, hoje passei quase meio dia de cama , sem animo e dores, , depois da cirurgia meus dias saõ assim ...mas aprendia não reclamar , vou segindo dia a dia!
    Essas folhas me encantam, aqui não temos essas árvores por perto , suas folhas são lindas!
    ´o Platamo? boa semana! bjss

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