terça-feira, 23 de setembro de 2014

Fé é levantar mãos vazias para o alto





E muitas vezes receber uma mão cheia de nada e outras vezes uma mão cheia de tudo. Não esquecendo que nunca o nada é nada, porque é sempre alguma coisa. Depende da nossa perspectiva e da nossa atitude. Nestes primeiros dias de Outono, é um deleite poder observar a luz amarelada do sol, as folhas que já vão secando e caindo das árvores, o fresco da manhã e da tarde, o céu azul e carregado de nuvens e a chuva que cai. Ainda que as estações estejam cada vez mais híbridas, o cheiro ainda se mantém. E o cheiro fresco e húmido do Outono é inconfundível. Por isso, é pela fé que acreditamos que um dia após o outro faz a nossa história cheia de estórias para contar. Vale sempre a pena. Levantar as mãos vazias em louvor para o alto, de onde nos vem todo o socorro. E o socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.

domingo, 21 de setembro de 2014

Há coisas que levam tempo. Basta ser paciente. Sê-o.



Um bom Domingo a todos. Que seja um dia doce, suave, luminoso e repleto de esperança. E se por aqui alguém sente o toque especial da saudade, não esqueça que a saudade é parte integrante do pacote do amor, como diria quem me está a provocar esse sentimento tão forte agora .;)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Se queres ir depressa vai sozinho, se queres ir longe vai acompanhado


"O trabalho realizado por dois é sempre mais proveitoso. Se um cair, o outro levanta-o; se estiver sozinho ao cair, ver-se-á em grande dificuldade. E também, numa noite fria, se dois dormirem juntos, poderão aquecer-se um ao outro, mas como se aquecerá aquele que dorme só? Duas pessoas podem melhor resistir a um ataque do que uma só. Com quantos mais fios for entrançada uma corda, tanto mais sólida será."
Eclesiastes 4, 9-12

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Afinal parece que há mais festas como esta...













Este foi mais um fim de semana de festa e de família pautado pela animação dentro e fora de portas e por um tempo digno de um perfeito Outono. As nuvens grossas enchiam o céu, a chuva encharcava a terra com vigor, o ar estava abafado, as trovoadas ameaçavam acabar com o mundo, mas no fim a festa fez-se na mesma e foi uma alegria. E sempre que há festa por aqui, há reuniões de família. Com muita comida à mistura, pois então! E enquanto se fazia a digestão, uns conversavam, outros corriam e jogavam, outros viam televisão, eu fazia mais quadrados da mantinha que nos vai aquecer as pernas no Inverno. Que delícia... O meu novo vício. Ainda bem no princípio, vou treinando os pontos mais básicos do crochet em quadrados repetidos mas de cores variadas, que se querem quentinhos para aconchegar quando chegar o tempo. E que privilégio é poder fazer obra tão aconchegante com uma vista destas. Isto é só para quem pode! E já que eu não posso, foi-me emprestada uma família que pode e me proporciona momentos assim, pacíficos, em que o tempo pára e o mundo fica perfeito. E a festa não pára. É altura de sair e ir ver as Estátuas Vivas na aldeia, já que a minha cidade este ano não realizou este evento :(. As críticas choveram, mas eu apreciei o esforço dos membros do rancho folclórico, que retrataram cenas da vida de antigamente na forma mais parada que conseguiram! Para depois se desforrarem nos movimentos das danças tradicionais de tempos que já lá vão, mas que nos divertiram imenso. Claro que também não podia faltar a tradicional quermesse, porque festa sem quermesse, não é festa! É giro tentar a sorte e ficar na expectativa das surpresas que nos reservam (ou não) cada desenrolar dos pequenos papelinhos. Tudo isto é animação, partilha, divertimento, risos e emoção. Um fim de semana cheio, portanto.

sábado, 6 de setembro de 2014

Sê destemidamente autêntico





Bom fim de semana!

domingo, 31 de agosto de 2014

Esta semana

















Quando se diz que o mais difícil não é começar mas sim continuar, eu acredito. Mas a verdade também é que, neste caso, o começo está a ser bem difícil. Vale-nos a perseverança e o sabermos o que queremos para não desanimar e enfrentar todas as burocracias, impedimentos e trabalho que nos tem aparecido pela frente. E é no meio disto tudo que vou tirando estas fotos. Sempre adorei registar momentos e eternizá-los com uma máquina. Mas nesta situação esse gosto assume um papel ainda mais importante: o de manter o foco e o espírito. Para que eu nunca perca esta capacidade de me encantar como uma criança diante da natureza. Para que, quando o trabalho já for rotina e canseira, eu possa ser sempre agradecida pelos cardos, que eram utilizados pelas nossas avós para coalhar o leite para fazer os queijos. Para que eu nunca perca este sentido de aproveitamento do que a natureza nos dá para os mais variados fins, sendo exemplo disso neste post a apanha destas amoras tão docinhas para fazer compotas e licores, e quando já não houver mais ideias ou vontade, congelar para fazer sobremesas ao longo do ano. Para que eu nunca perca o êxtase que me provoca um céu em fogo a despedir-se do dia e a abrir os braços para a noite. Quando tudo for trabalho e canseira, que tudo isto e muito mais seja a força impulsionadora que faça tudo valer a pena!

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Não há festa como esta









É o que dizem todos os habitantes de todas as aldeias por este país fora nesta altura do ano. Verão (ainda que com crises de identidade, de certeza) é sinónimo de festas e romarias. Não há semana nem aldeia sem festa e nestes dias foi a nossa vez de fazer a festa na festa, de juntar a família e preparar tudo para que a reunião se realizasse no espírito festivo que convém: muita comida, bebidas, mesa enorme, conversas animadas, crianças felizes, muita louça por lavar, mas também muita entreajuda. As sobremesas ficaram todas a cargo do meu padeiro agricultor e foi a assisti-lo que a festa começou para mim, num fim de tarde cansativo mas sereno. A expectativa das crianças e o ajuntamento da família que ia chegando . alguns bem barulhentos na sua entrada triunfal numa velha zúndapp pintada a pincel -, as animadas partidas de matrecos enquanto se esperava pelo próximo prato, os degraus calcorreados vezes sem conta entre a sala e a cozinha velha, uma animação reunida ao longo de quase 5 metros de mesa e ao longo de um fim de semana bem preenchido. E a festa fez-se no largo da igreja, com os habituais conjuntos musicais a animarem a noite e a quermesse pronta a satisfazer os ávidos de experimentar a sorte nas rifas - eu fui a primeira a levantar o dedo! - vencendo o frio e o cansaço, lembrando os meus 16 anos mas também lembrando que já não os tenho... E viva a festa|