sexta-feira, 18 de abril de 2014

Tarde de agricultura e descobertas


Este foi dia de pôr a fé em prática, mais uma vez, depositando o produto na terra e confiando que a água vai surgir quando for necessária para o fazer vingar, mesmo que neste momento esse recurso seja escasso.


O apelo da terra é mais forte que o medo, portanto a fé venceu e pus mãos à enxada e o meu padeiro agricultor, mesmo lesionado, pôs mãos à pá.


Fizemos buracos na terra, tudo numa base experimental e muito primária devido à falta das ferramentas necessárias. Mas não fizeram falta. A ideia era mesmo abrir um buraquito para ver o que a terra é capaz de dar. Abrimos nove, onde foram colocadas batatas, tomateiros, e semente de beterraba.


Também no interior se fez a multiplicação da beleza. Nunca resisto às flores do campo!


Enquanto imagino o que será este caminho que conduz à estrada daqui a uns tempos. Quem o viu e quem o vê...


Começou por ser mato cerrado. Foi desbravado pelo meu padeiro agricultor, limpo e delineado com pedras.


Depois vieram as primeiras plantas para o ladear. Tudo sem gastar dinheiro. Plantas daqui e dacolá, trazidas de casa e de pessoas amigas, e assim se foi construindo o caminho. Por enquanto é um caminho de plantas a tentarem vingar e canas para avisar que ali não se pode pisar. O que será daqui a um tempo, quando os malmequeres, roseiras, sardinheiras, brincos de princesa etc. começarem a florir?! Este é um processo tão bonito, da espera que se faz sem pressa e com anseio feliz.


Enquanto trabalhamos, reparamos nos patos bravos que nos sobrevoam e pousam no charco ali ao lado. Fomos lá espreitar.


Avistámo-los a descansar. Claro, dois adultos e uma criança espantam qualquer um, e a família pôs-se à água, quá quá, vamos fugir daqui, que não sabemos quem eles são.


E num charco há sempre um fervilhar de vida linda. São os "helicópteros", as rãs que saltam à nossa passagem e coaxam ao fim do dia, e sei lá que mais. Perco-me a admirar tudo como se fosse a primeira vez. E de certa forma, é mesmo...


Dizemos adeus aos patinhos que nos alegraram com a sua presença, e na volta do caminho descobri flores lindas, nascidas assim à beira do caminho. Suspeito que Deus anda por aí a semear presentes só pra mim, pra me fazer feliz!





Chegados do charco fomos para a hora do lanche, hora sempre reconfortante, embora desta vez o chá não tivesse açúcar!


Não faz mal. Fica a memória de uma tarde muito bem passada, cheia de emoções e de actividades. E o que fica gravado, é sempre o mais importante.
 

7 comentários:

  1. A natureza e o contato com ela sempre nos presenteiam! Lindas fotos!
    Que tua Páscoa seja linda e feliz! beijos,chica

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    1. Obrigada, Chica. Uma Páscoa feliz para si também e todos os seus. Beijos.

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  2. Querida Margarida! Vou daqui muito mais rica e não posso deixar de sorrir à medida que vou olhando as imagens e lendo aquilo que escreve, porque tudo mé é tão familiar!!

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  3. Margarida, cliquei antes de terminar o comentário... È um prazer passar por aqui! Desejo-lhe uma Santa Páscoa, cheia de alegria, e ainda os votos de que consiga colher tudo aquilo que vai semeando, na verdadeira acepção lata do termo... Um grande abraço, Manuela

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    1. Obrigada, Manuela, é sempre um prazer tê-la por aqui! Obrigada pelos seus votos e uma Páscoa muito feliz para si também e todos os seus. Beijinhos.

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  4. Querida Amiga, estás como queres! ;) Campo contigo, campo em ti, e é sinónimo de sorrisos largos , brilho nos olhos e dias felizes!!.........Força miúda, tu mereces!:)

    Algumas fotos são bem bonitas, os patinhos são um mimo e essas raras flores, são lindíssimas!
    (achei a tua suspeita muito interessante:), vai na volta, é isso mesmo! )

    Beijo Grande e continuação de dias Felizes dentro de ti.
    Paula

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  5. Obrigada, Paulinha. Não é tudo, mas sem dúvida que tudo isto torna os meus dias bem mais felizes! Dias felizes pra ti também, com toda a intensidade. Beijos.

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