À entrada, as flores recebem-nos com cores alegres e naturais, como se pertencessem ali. Sentimo-nos em casa. É sempre bom regressar.
Ver o fruto do nosso trabalho é sempre bom. E sem relatos poéticos, porque o que é, está à vista, o balde de ferro centenário foi aproveitado para plantar petúnias, que nos alegram com as suas cores fortes e aroma envolvente.
Trabalhar a terra foi trabalho que assistiu ao Homem, desde o princípio dos tempos e conforta-me saber que isso não mudou e que nos continua a ser dada a capacidade para a trabalhar e tirar dela o melhor partido.
Entre sementeiras e colheitas, entre plantas e flores e hortícolas, vamos apreciando tudo, saboreando cada momento, vibrando com cada vitória e emocionando com a beleza, a qualidade e a fartura da terra.
Os nossos primeiros feijões neste terreno.
A nossa pereira, para fazer o prazer do meu menino, que desde bebé adora peras e pediu muito uma.
Os nossos primeiros botões de flores, cheios de promessas.
Entendo porque dizem que o verde é a cor da esperança. E alguém duvida?
Mesmo nos espinhos encontramos beleza, ensinando-nos a natureza coisas da vida. Pois é, o belo também traz dores consigo, mas o bom delas é que nos ensinam sempre algo e nos ajudam a crescer. Essa é a beleza...
E só podemos ver essa beleza olhando para cima, de onde nos vem o socorro e a capacidade para apreciar tudo o que nos chega e dar graças em tudo o que nos acomete.
Por agora é tempo de agradecer o que temos, o que nos é dado e toda esta simplicidade que nos preenche e satisfaz.
E deixo-vos com as gotas da chuva que caiu. Esta chuva que teima em não nos deixar usufruir uma Primavera em condições, mas uma chuva que me faz pensar que a água é tão necessária à nossa sobrevivência e por isso me ajuda a agradecer cada gota que cai. Porque ela cai com um propósito. Como tudo na vida.
E com esta chuva, desejo a todos uma óptima semana, cheia de fé!