Depois de muita destruição pela cidade, o tornado parece que foi mesmo embora, e sinto-me mais em paz para mostrar um pouco das nossas decorações natalícias.
Foi muito bom ter a carraçinha a saltitar de um lado para o outro, a dar opinião em tudo e a dar soluções para isto e para aquilo.
Todos os anos tenho o mesmo propósito: decorar a árvore de Natal de uma maneira diferente, bem mais actual, com uma decoração simples mas vistosa.
Mas logo desisto.
Não resisto às minhas bolinhas, fitas e luzes de sempre. Esta bola amarela, por exemplo, vem desde a minha primeira árvore de Natal. Tem resistido a todos os Natais ao longo dos anos, já lá vão mais de 30. Ainda lhes sinto o cheiro...
Nessa altura o pinheiro era cortado à socapa num pinhal da aldeia do meu pai. Ia com a minha mãe ao cair da tarde, para passarmos despercebidas. E voltávamos para inundar a casa com o aroma do pinheiro. Era um fascínio sentar no chão e ficar a olhar para as luzinhas a piscar. Que maravilha...
A minha mãe fazia sempre presépio. Estas eram as figuras principais. O José está todo colado graças a uma gata que eu tinha cá em casa e que adorava loiça partida. Também fizemos o presépio este ano. Não era minha intenção. Só planeava fazer esta composição e cobrir a cabana com musgo. Mas não resisti aos apelos da carraçinha e fomos desembrulhar as peças todas que estavam no fundo da caixa, algumas com o papel de embrulho de há tantos anos atrás... Mesmo sem musgo, fizemos uma aldeia. Agora temos de esperar que reabram a mata, que ficou danificada com o tornado, para compormos a cena e dar-lhe mais algum realismo. Agora sou eu a mãe a compor o presépio. Agora sou eu que tenho um filho de volta de mim completamente fascinado e vibrante com tudo o que diga respeito ao Natal. É tão bonito... Cada ano que passa é melhor.
Sem comentários:
Enviar um comentário