Do fim-de-semana

A minha bela cidade no Outono... É sempre bom passear sem pressa e perceber como tudo é tão bonito.
E segue-se um passeio pela Golegã. A última vez que fomos à feira da Golegã foi há 7 anos. Fomos visitar a minha mãe e, quentinhos que estávamos com os pés em cima da braseira eléctrica que ela tinha debaixo da mesa redonda da cozinha, lembrámo-nos: e se fôssemos à feira da Golegã? Claro, a minha costela de Maria Larô saiu à minha mãe, que não se fez nada rogada e lá saímos nós do quentinho rumo à confusão dos cavalos. Acabámos o dia a comer uma deliciosa sopa de peixe numa tasquinha e a ouvir fados enquanto os cavalos desfilavam no Largo do Arneiro. Uma delícia.
Golegã. A minha vila preferida. Adoro as lezírias ribatejanas, as quintas que por lá abundam, o Paúl do Boquilobo, as casinhas pintadas de branco, as estradas calcetadas, as pessoas simpáticas, o Café Central. Ali, tudo cheira a cavalo, literalmente ou não. E nesta altura de feira, a multidão aglomera-se pelas ruas, vindas de todos os cantos, bebendo a água-pé, comendo a castanha assada, comprando este ou aquele artigo alusivo à feira. É um ambiente único, o que se vive na Golegã, mesmo fora desta época. Ontem a luz era baça, tanto pelo céu nublado como pelo fumo das castanhas assadas que invadia a vila. Mas mesmo assim estava-se muito bem.