quinta-feira, 3 de novembro de 2016
Figueira
Sou o tipo de turista que viaja muito antes de chegar ao local. Sou do tipo que gosta de saber o que vai encontrar. Conhecer factos, histórias, tradições, curiosidades locais, permite-me viver mais intensamente o sítio que visito. Um pouco como reconhecer um velho amigo quando o reencontro.
E foi assim que partimos para a visita de mais uma das nossas aldeias históricas - Figueira - no concelho de Proença-a-Nova.
Chegados lá, confirmámos a presença dos incêndios do Verão passado, o que lhe deixou um ar de desolação. Mas o dia estava bonito, a temperatura agradável e o passeio fez-se sem sobressaltos, ao ritmo lento próprio de quem está sem pressa. Afinal era Domingo e a hora já tinha mudado para a hora de Inverno - mais uma coisa que parece ser eu a única a gostar. Anoitecer mais cedo apenas me convida ao recolhimento, ao dedicar o tempo a tarefas prazerosas. Pois são elas o nosso escape, o nosso acertar do ritmo interior. Acredito que sem os nossos pequenos prazeres, seríamos um relógio desacertado.
Figueira é um amontoado de casinhas em xisto, parte delas preservadas, com o ribeiro aos seus pés, sem a atravessar, como em Água Formosa. Os traços da vida rural são uma constante no forno comunitário, que ainda estava quente, nos alpendres cheios de palha, nos currais dos animais, nas "lojas" por baixo da parte habitada das casas e na espécie de ex-libris da aldeia: as cancelas de madeira que, em tempos idos, protegia cada rua/entrada da aldeia, da entrada dos lobos, o principal inimigo dos animais que eram o sustento da população.
A ideia era ter almoçado no restaurante típico, mas a lotação estava esgotada e o local para comer teve de ser outro e, embora num outro registo, também fomos bem servidos. Mas tive o privilégio de falar com quem me atendeu ao telefone, que foi de uma simpatia fantástica e que me fez começar a viagem muito bem disposta.
Tempo também para visitar um das praias fluviais perto - Fróia - que a carraça estava desejosa de ir a banhos. Claro, só na imaginação dele, que a tarde caía depressa, bem como a temperatura e banho, só no Verão!
Fizemos a viagem de regresso já noite. Deixámos a avó, que do alto dos seus 77 anos nos acompanhou e regressámos a casa, cansados da viagem, mas satisfeitos por tudo ter corrido bem!
Etiquetas:
Aldeias do Xisto
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Foi um passeio lindo, muito bem aproveitado e os cliques e registros mostram isso! Perfeitas as fotos! bjs, chica e lindo fds!
ResponderEliminarSim, e novas visitas estão já programadas para novas aldeias! :) Beijinhos.
EliminarEstá na minha lista de viagens visitar esta zona. Deve ser linda!! Eu junto-me a ti na mudança de hora. É outra etapa também agradável, trabalhamos menos horas fora, entramos mais cedo em casa, jantamos mais cedo e permite-nos estar mais tempo juntos a fazer outro tipo de coisas que também sao boas. Agora só estou desejando que a temperatura desça um pouco e podamos acender finalmente a lareira que nos dá aquela sensaçao de conforto tao deliciosa!
ResponderEliminarEstá na minha lista de viagens visitar TODAS as aldeias das nossas Aldeias do Xisto! :) E sim, estou como tu, também estou ansiosa para que a temperatura baixe para me recolher debaixo das mantas e ligar a salamandra... eléctrica, mas é o que se tem... :) Beijos e aproveita bem cada minuto!
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