As mãos e todo o corpo, diga-se, têm andado bem ocupadas nos mais diversos trabalhos. Mas a verdade é que, se dou o máximo enquanto trabalho, quando paro, procuro aquietar-me o mais possível, fazer as coisas com calma e lentamente. Mais do que nunca sinto isto. É uma necessidade de desacelerar como se com isso estivesse a ir de encontro àquilo que procuro e me define e me dá sentido para viver. Chega a ser estranho, porque sempre fui meio stressada e ansiosa e a querer tudo para ontem. Talvez seja a idade. Mas então é uma idade boa, esta. Porque só diminuindo o passo consigo aperceber-me melhor do momento presente, ter consciência do que ele significa e conhecer melhor o significado de certas coisas, para além de que isso me permite ter prazer naquilo que faço.
Assim, estar sentada à porta da Flor assume o significado de um momento solene, enquanto olho para o céu em agradecimento antes de esboçar planos e anseios num caderno oferecido com amizade. Assume outro significado também executar tarefas novas e para as quais pensava não ter a mínima aptidão, bem como apanhar legumes na horta e a seguir ir fazer um almoço delicioso para os amigos no meio da natureza. Assume outro significado fazer limpezas em casa e poder depois descansar no sofá que ia para o lixo, perto da Flor, já com a mantinha da avó nas pernas, porque as tardes se vão fazendo frias. E enquanto se descansa do descanso, é de toda a importância passear pelo meio da natureza e aperceber da aproximação do Outono e preparar já o recanto dos passarinhos, proporcionando-lhes um bom poiso para se alimentarem nos meses que aí vêm e em que a abundância não é tanta. De facto, ocupar as mãos com algo produtivo, mexe com a nossa criatividade, que melhora a nossa auto estima conforme vamos conseguindo progressos, que nos permite um maior auto conhecimento e assim nos vamos construindo na direcção da pacificação e resolução.
Todos estes momentos, vividos sem pressa, são de uma preciosidade incrível. E fazem com que, quando chegam aqueles menos bons, esses sejam enfrentados com mais serenidade. Sem dúvida, vale bem a pena desacelerar!
Ana, tuas palavras acalmam s´ó de ler e precisamos dessa calma pra enfrentar o que temos pela frente...Adorei as fotos e momentos mostrados.Lindo! Ótima semana e tudo de bom!chica
ResponderEliminarObrigada, Chica, pelo incentivo. Uma boa semana para si também. Beijos.
EliminarÉ bom desacelerar!
ResponderEliminarTenho que tentar com mais força! Parece que estou sempre a correr, e que é só mais uma coisa...
e o tempo já foi, voou, de coisa em coisa, projeto em projeto... Faltam-me mais pausas para apreciar o momento...
Vou-me inspirando aqui pelo teu cantinho...
Beijinhos!
:) Tudo parte das nossas necessidades interiores. Quando elas se tornam maiores que a realidade exterior, então fica mais fácil executar a ordem! Bons progressos! Beijos.
EliminarTambém sempre fui anciosa e tenho por costume olhar pro alto e conversar com Deus , mas sempre lá na casa do mato em meio a natureza, ficou muito leal o sofá com a manta , ótima foto!
ResponderEliminarJá aqui na casa da cidade nã me sinto muito bem , presa, quase não durmo e o tempo demora a apassar, mas preciso me restabelecer aqui , pois é perto do hospital, onde ando indo muito últimamente, aqui chovendo muito , granizo e estragar todas as plantas.Como o nome da frutinha vermelha? bjssssssssssss
Entendo essa sua angústia em relação ao apartamento. Mas vai ver que é só por um pouco de tempo. Logo logo, a Lena vai estar de volta ao seu mato e vai poder recuperar toda a energia perdida! O nome das bagas vermelhas, eu não sei :(. Há tanta coisa que ainda não sei... Mas acho-as lindas e adoro fotografá-las :)! Beijos e rápidas melhoras!
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